Via rede social, o pe. Zezinho compartilhou a seguinte reflexão sobre humildade e bom senso diante dos momentos em que somos ou deixamos de ser escolhidos:
Aprendi a ser e a não ser escolhido. Fez parte do meu aprendizado. Na infância, na escola, na catequese, no grupo de coroinhas, no seminário, como padre e como pregador. Fui orientado desde cedo a entender que havia colegas melhores do que eu para estudos, para jogar em campo e para ser enviado em missão. Aprendi desde cedo a cumprimentar quem venceu, pregou e teve sucesso. Por que razão eu ficaria chateado, se eu também tinha habilidades, e em muitas coisas era competente, e em outras meus colegas eram muito melhores? Anos atrás, num grande concurso em favor de uma obra social para paraplégicos, fui convidado a cantar e pregar. Afinal, meu pai e minha mãe tinham sofrido estas disfunções. Um dia antes, alguém da direção avisou-me que eu não precisaria pregar nem cantar lá. Outro padre mais conhecido fora chamado. Lembrado das orientações do Padre Tarcisio Raucholz, dehoniano, meu conselheiro de seminário, agradeci e viajei para uma cidade de Minas que queria minha presença num encontro de jovens. Deu tudo certo. O padre que ocupou o meu lugar fez uma bela palestra. E o encontro em Minas para 200 jovens foi muito bom. Nunca faltará um púlpito para pregar e uma chance de animar alguma comunidade. Não precisaram de mim? Tudo bem! Outros me quiseram na mesma data! Escrevo isto porque, às vezes, encontro católicos chateados por não terem sido escolhidos para determinada missão. Esquecem da mística do “um dia depois do outro”. São Marcos evangelista foi preterido numa viagem missionária. Nem por isto deixou de ser São Marcos e há um evangelho a ele atribuído! HUMILDADE e DISPONIBILIDADE fazem bons líderes cristãos. Lembra-se do jovem que pediu para ser do grupo dos discípulos? JESUS aceitou, mas o designou para ficar na sua própria região e na sua família. Ele não fora rejeitado. Só não foi colocado no grupo dos doze! Imagino que ele tenha entendido!…
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