7 regras para você se sair bem em conversas e discussões esclarecendo seu ponto de vista como cristãoVivemos em uma era raivosa e combativa. Não raro, as pessoas ficam furiosas, sentem-se incompreendidas e desamparadas.
Em meio a tantas discussões acaloradas, o que um cristão deve fazer?
Nós, que recebemos o mandamento de amar nossos inimigos e espalhar o Evangelho, precisamos estar acima das brigas. Com isso, podemos fazer uso de algumas regras de diálogo para os católicos.
1Não desista de ninguém
Um amigo meu leu recentemente um documento da Pontifícia Comissão Justiça e Paz sobre o racismo e ficou impressionado com a forma como o documento denunciava o racismo em termos firmes, mas se recusava a condenar os racistas.
A Igreja se recusa a “cancelar” quem quer que seja – e nem nós devemos agir assim também.
2Ganhe almas, não discussões
Lembre-se do que disse São Paulo: “Fiz-me fraco com os fracos, a fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, a fim de salvar a todos. E tudo isso faço por causa do Evangelho, para dele me fazer participante.”
Ele se recusou a diluir o Evangelho, mas abriu mão de muita coisa. Ele sacrificaria qualquer privilégio que tivesse e seguiria qualquer costume com o qual seu público se sentisse confortável, se isso os ajudasse a ouvir. Ele não queria promover suas preferências pessoais; ele queria o avanço de Cristo.
3Saia de sua bolha
É um fato triste para a sociedade do século 21 que busquemos nos limitar a algumas vozes na mídia que reforcem nossos próprios pontos de vista – unindo-nos à batalha de dois lados do “nós contra eles”.
Um homem sábio que trabalhou na política por muitos anos em Washington, D.C., certa vez me deu um conselho inestimável: “Leia seus aliados com um olhar crítico, mas leia seus oponentes com uma mente aberta.”
Quando você faz isso, quase sempre descobre que seus “inimigos” políticos não são tão diferentes de você e que “seu lado” precisa repensar algumas coisas.
São João Paulo era um mestre nisso. Por exemplo: na revolução sexual, ele não atacou o sexo – ele viu o que a Igreja havia negligenciado e criou a Teologia do Corpo. E, vendo a preocupação dos comunistas com este mundo em vez do próximo, ele disse-lhes: “deixem que o Espírito desça e renove a face da terra. Esta terra.”
4Admita quando estiver errado
Ironicamente, muitas vezes você não pode vencer uma discussão a menos que admita que está errado.
A tendência humana é cavar trincheira e ficar na defensiva. Mas, se você fizer isso, perderá não apenas a discussão, mas também sua credibilidade. Ninguém escuta uma pessoa teimosamente errada.
Se você quer que os outros admitam quando você está certo, você tem que admitir quando está errado. Praticamos isso com nossos filhos. Quando um ponto controverso é resolvido, a pessoa que está errada – até mesmo o pai (especialmente o pai) – tem que dizer: “Você estava certo e eu estava errado”.
É muito difícil fazer isso no começo. Fica muito mais fácil com a prática.
5Encontre uma maneira de seu oponente manter sua reputação
Você não é o único que acha difícil admitir quando está errado. Seu oponente também. Então você tem que dar ao seu oponente uma maneira de manter sua reputação.
Não busque massacrar seu oponente. Em vez disso, ajude-o a encontrar uma maneira de ter respeito próprio, liberdade e de ver a verdade.
6Construa um diálogo positivo
Aprenda a explicar o que você defende, e não apenas o que você é contra.
Seu Evangelho da Vida tem a ver com a construção da “cultura da vida” mais do que criticar a “cultura da morte”. E o seu Esplendor da Verdade tem a ver com a beleza da coerência moral, não com a condenação da heresia.
A fé se espalha quando as pessoas a veem como um caminho para a felicidade, não como um caminho para a superioridade moral.
7Resumindo – ame o seu oponente
O amor tem um poder incomparável de construir confiança e eliminar obstáculos. Quanto mais você ama seu oponente, maior a probabilidade de vencê-lo.
Mas você não pode fingir amor.
Sempre há duas maneiras de abordar seu oponente: você pode defini-lo por suas piores tendências ou ver e amar o que há de melhor nele.
A primeira forma leva ao partidarismo binário, à cultura do cancelamento e torna o diálogo impossível.
O segundo caminho leva ao diálogo, à unidade, à discussão construtiva, à cultura do encontro e à evangelização.
Escolha o caminho do amor.