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O que a gravidez pode te ensinar sobre o amor

PREGNANCY

VGstockstudio | Shutterstock

Cecilia Pigg - publicado em 26/08/20

Há lições que você só aprende estando grávida - e elas duram a vida toda

Desde o dia em que eu descobri que estava grávida, meu primeiro filho me ensinou muitas coisas.
Fiquei surpresa com a enorme montanha russa de emoções que eu vivi nos nove meses e com os vômitos e náuseas, que só desapareceram no oitavo mês de gestação

Durante toda a gravidez, ele me ensinou a amar, apesar do desconforto. Depois que nasceu, ele continuou me ensinando sobre o amor. Ele me ensinou que amor não significa arrepios ou borboletas. Significa cuidar de alguém, mesmo quando você não tem aquela conexão emocional que esperava. Isso pode vir com o tempo (especialmente quando você descobre boas soluções para a depressão pós-parto), mas até que chegue, seu amor por seu filho é enorme tanto nos dias em que você sente esse amor quanto nos dias em que não sente nada.

Aprendi que vale a pena cuidar de cada bebê e comemorar suas vidas, mesmo que nunca os pegasse ou ajudasse a crescer (sim, tive alguns abortos). Meu filho também me ajuda com isso. Ele se lembra dos irmãos nos momentos mais inesperados e fala que iremos conhecê-los um dia.

Meu bebê atual, que está vivendo com segurança dentro de mim neste momento, me ensinou alegria e admiração. Todos os dias dessa gravidez me pego maravilhada com cada chute e vibração dentro de mim. Achei que nada seria mais poderoso do que meu espanto naquela primeira gravidez, mas meu encantamento com a beleza da vida com este bebê supera tudo isso. À medida que percebo quão pouco tenho controle sobre a vida, minha apreciação por esta nova vida também aumenta. Por que fui abençoada com essa criança? Eu não sei, mas sou muito grata.

Agora só preciso estender essas lições que aprendi com meus filhos a todas as outras pessoas que encontro. Posso amar as outras pessoas da minha vida, apesar do desconforto que elas me causam, e mesmo quando não sinto nenhuma conexão emocional com elas? Posso amar pessoas que sei que vou perder em breve? Posso olhar para as pessoas que encontro com admiração pela beleza de suas vidas, maravilhando-me com gratidão por elas existirem?

Essas lições são muito mais fáceis de aprender e viver com aqueles que você ajudou a criar e carregar dentro de você. Mas sei que fui chamada para amar mais do que apenas minha própria carne e sangue. Amar meu próximo como amo a mim mesmo.. aí está o segredo. Isso significa amar as pessoas que me magoaram ou me chatearam no passado. Isso significa tratar meu conhecido, meu amigo, o estranho que acabei de ver, com respeito e dignidade nos dias em que nada está dando certo e estou estressada e irritada. Sentirei que amo essas pessoas? Provavelmente não. Mas esse não é o ponto.

E as pessoas que conheço que estão perto da morte? Ou pessoas que estão perto de sair da minha vida? Posso amá-las ativamente em vez de escolher o caminho mais fácil para deixá-las partir? E as pessoas de quem discordo? As pessoas que parecem me incomodar ou frustrar meus planos? Eu reconheço a beleza de suas vidas? O fato milagroso de estarem vivas e presentes neste mundo?

Eu tenho um longo caminho a percorrer. Mas, agora – quando o mundo parece estar desabando – é um momento perfeito para continuar lutando para amar.


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