Quarentena pode ser gatilho para comportamentos destrutivos
A essa altura da quarentena, é compreensível que você tenha desenvolvido novos hábitos. Se não um novo hábito, talvez os hábitos antigos, que durante o distanciamento social se intensificaram e podem estar prejudicando tanto a sua rotina de trabalho quanto as pessoas que moram com você. Esses hábitos podem ir de passar muitas horas na internet ou em frente à TV a comer fora de hora, deixar acumular louça na pia ou extrapolar no consumo de álcool.
Conforme explica o PhD Art Markman, professor de psicologia da Universidade do Texas, nossos hábitos são orquestrados, por assim dizer, por uma rede de sistemas cerebrais que associa o nosso estado mental atual (o que você quer, pensa, sente) e o ambiente em que nos encontramos a uma determinada atividade. E então esse comportamento passa a ser efetuado mais pela memória do que pela decisão. Por exemplo, se você começar a fumar um cigarro após o café, em pouco tempo esse hábito se tornará automático. Mas existem formas de dissociar esses padrões de comportamento.
A seguir, três dicas do professor Markman – publicadas em sua coluna no site Fast Company – sobre como reeducar seu cérebro para abolir certos hábitos.
1Substitua por outra coisa
Tente trocar o hábito indesejado por algum outro ao qual você queira aderir. Por exemplo: substitua petiscos por vegetais ou doces por frutas, um cigarro por um copo de água, tempo sentado no sofá por caminhadas, internet por livro, e assim por diante. Assim você cria novas memórias e esse novo comportamento em breve se torna um hábito.
2Tente uma mudança de cenário
Em um ambiente diferente a memória do hábito surgirá com menos intensidade. E você pode aproveitar para configurar o espaço de modo que a execução do velho hábito se torne o mais difícil possível. Quer passar menos tempo no celular, deixe o aparelho o mais longe possível, nem que seja no fundo armário. Quer comer menos chocolate, coloque as barras no ponto menos visível da cozinha, ou melhor ainda, nem compre chocolate.
3Solicite apoio
É um erro absoluto achar que damos conta de tudo e que não precisamos do outro para nada. Todo e qualquer grupo terapêutico consiste em uma rede de apoio e ter alguém para ajudar na missão pode ser exatamente o estímulo que faltava.