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Hospedarias franciscanas para peregrinos na Terra Santa vivem momento difícil

Reportagem local - publicado em 01/09/20

Na Terra Santa há as hospedagens, mantidas pelos franciscanos. Com a ausência de peregrinos devido a pandemia, a Coleta da Terra Santa é um importante meio para a preservação desses lugares

Acolhida, hospitalidade e local de oração. É o que os peregrinos recebem nas hospedagens oferecidas pelos Franciscanos na Terra Santa. Localizadas bem próximas aos Lugares Santos, elas têm sido uma excelente opção de muitos visitantes. 

O padre Ibrahim Faltas, ofm, é diretor da Casa Nova de Jerusalém. Ele explica:

Casa Nova, a casa dos peregrinos. A Casa Nova é o lugar preferido de todos os peregrinos que vêm visitar a Terra Santa, os Lugares Sagrados. Temos Casas em Jerusalém, Belém, Nazaré, Tiberíades, Tabor e Ein Karem, todas essas Casas Novas para os peregrinos que vêm aqui”.

Boa estrutura de recepção, quartos com banheiros, restaurantes. As instalações da Casa Nova de Nazaré e as demais, sempre ofereceram serviços de boa qualidade aos peregrinos. Após 11 de março, devido à pandemia se esvaziaram completamente. 

“Isso significa que não houve receita financeira para a Casa Nova. Não haviam obras para a Custódia, nem para sustentar os Santuários, mas sobretudo não haviam mais rendimentos para os trabalhadores da Casa Nova”, afirma o padre Carlos Molina, ofm, diretor da Casa Nova de Nazaré.

A Casa Nova de Belém já recebeu até a visita de Papas. Agora, sem os turistas, o lugar também se encontra vazio. 

“Este ano deveria ter vindo muitas pessoas, tínhamos reservas feitas para todos os meses. As pessoas também se hospedavam em outros hotéis para que todos pudessem trabalhar em Belém. Infelizmente em março tivemos que fechar por causa do coronavírus, e até agora a casa está fechada, não trabalhamos mais”, explica Eliana Ghawali, gerente da Casa Nova de Belém.

“Por isso nos encontramos em dificuldades, porque todas as ofertas que vinham da Sexta-Feira Santa nos ajudavam muito a apoiar todos os cristãos da Terra Santa, todas as Casas Novas”, explica o padre Antonio Szlachta, ofm, diretor da Casa Nova de Belém.

A Coleta da Terra Santa contribui para manter as hospedagens de peregrinos oferecidas pelos franciscanos. Como está, próximo ao Santuário onde João Batista nasceu.

O padre Severino Lubecki, ofm, é diretor da Casa Nova de Ein Kerem:

“É uma das mais pequenas Casas Novas entre as que funcionam hoje, com 30 quartos e mais este local onde estamos agora,  que renovamos em 2015, onde vêm os peregrinos que paravam apenas para almoçar ou melhor, vinham antes da pandemia. A Coleta da Terra Santa atende também essas necessidades, atende às Casas Novas, para manter os nossos funcionários, para preservar a própria estrutura, porque é claro que a estrutura não pode ser abandonada: deve ser mantida, deve ser todos os dias limpa, a manutenção de rotina deve sempre ser feita no interior”.

A pandemia trouxe uma nova e triste realidade: franciscanos, trabalhadores e peregrinos. A Casa vazia, espera por novos e bons tempos. 

A coleta em favor da Terra Santa, que o Papa Francisco convocou em todas as igrejas para o domingo, 13 de setembro, servirá também para ajudar economicamente as hospedagens franciscanas, evitando que a crise da pandemia e a ausência de peregrinos acabem com esperança dos cristãos que vivem na terra de Jesus.

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