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Papa Francisco: o crucifixo não é objeto de superstição nem mero adorno

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Reportagem local - publicado em 03/09/20
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“A cruz é um sinal sagrado do Amor de Deus e do Sacrifício de Jesus”, enfatizou o PapaO Papa Francisco recordou no final de agosto que a cruz não deve ser “objeto de superstição”, e sim “participação com Cristo na salvação do mundo”.

No ângelus do último domingo do mês, ele abordou o Evangelho de São Mateus 16,21-27, em que Jesus Cristo anuncia a Sua Paixão. Diante disso, os discípulos revelam uma “fé ainda imatura e ligada à mentalidade deste mundo”, observou o Papa, acrescentando:

“Para Pedro e os outros discípulos, mas também para nós, a cruz é uma coisa incômoda, um ‘escândalo’, enquanto Jesus considera ‘escândalo’ fugir da cruz, o que significaria afastar-se da vontade do Pai, da missão que lhe foi confiada para a nossa salvação. Dez minutos antes, Nosso Senhor elogiou Pedro, prometeu que ele seria o fundamento da Sua Igreja. Dez minutos depois, Jesus o chamou de ‘Satanás’. Como entender isso? Isso acontece com todos nós! Nos momentos de devoção, de fervor, de boa vontade, de proximidade com os outros, olhamos para Jesus e seguimos em frente; mas no momento em que chega a cruz, nós fugimos. O diabo, Satanás, como Jesus disse a Pedro, nos tenta. É próprio do espírito maligno afastar-se da cruz, da cruz de Jesus”.

Mas a vida dos cristãos envolve a luta firme contra o mal, de modo que “carregar a cruz”, para nós, não é apenas “suportar com paciência as tribulações quotidianas”, mas, principalmente, “suportar com fé e responsabilidade o sofrimento que advém da luta contra o mal”.

Este é o sentido de mantermos a cruz presente, simbolicamente, também na parede das nossas casas ou trazida ao nosso pescoço: é um sinal da nossa adesão a Cristo na entrega amorosa a Deus e aos nossos irmãos; é “um sinal sagrado do Amor de Deus e do Sacrifício de Jesus e não deve ser reduzida a um objeto supersticioso ou a um colar ornamental”.

Francisco prosseguiu:

“Cada vez que fixamos o olhar na imagem de Cristo crucificado, pensemos que Ele, como verdadeiro Servo do Senhor, cumpriu a Sua missão dando a vida, derramando o sangue pela remissão dos pecados. Se queremos ser Seus discípulos, somos chamados a imitá-lo, vivendo sem reservas por amor a Deus e ao próximo”.

Ao encerrar, o Papa pediu à Virgem Maria que, “unida a seu Filho no Calvário, nos ajude a não recuar diante das provações e sofrimentos que o testemunho do Evangelho acarreta”.


Joe Elias Akiki
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