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Mulher recusou abortar; deu à luz gêmeos que se tornaram padres

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Matthew Green - publicado em 04/09/20

O ultrassom indicava que tudo ia mal, mas ela queria aceitar a vontade de Deus

O que você faria se soubesse que está grávida de uma criança com duas cabeças e membros extras? E se os médicos dissessem que você deveria fazer um aborto porque uma gravidez tão difícil assim poderia colocá-la em risco?

R. S. enfrentou essa situação em 1984; ela decidiu recusar o aborto e aceitar “tudo o que Deus me enviar”. A Igreja deve a essa decisão dois sacerdotes – irmãos gêmeos padre P. e padre F. (eles pediram para guardar sigilo).

A história incomum dos gêmeos foi notícia em 2013, um ano após a ordenação deles, e foi difundida por artigos nos meios de comunicação católicos Aciprensa e Religión en Libertad (ReL), entre outros sites. Hoje, após oito anos de sacerdócio, eles estão entusiasmados com seu ministério e usam as redes sociais para evangelizar.

Seus pais, R. e H., não poderiam imaginar há 36 anos que hoje eles teriam filhos gêmeos idênticos, sacerdotes, transmitindo missas ao vivo no Facebook. Quando R. foi fazer um checkup depois de saber que estava grávida, o médico fez um ultrassom e achou que o que eles estavam vendo na tela era uma criança gravemente deformada (pela descrição, provavelmente gêmeos siameses inviáveis), uma gravidez que poderia colocar a vida de R. em risco. O médico recomendou um aborto “terapêutico” como solução.

“Disseram à minha mãe para fazer um aborto, mas ela não quis. Ela escolheu a vida, mesmo que naquela época pudesse [fazer um aborto], porque ela supostamente corria risco de morte”, disse o padre P. à ReL. (O aborto “terapêutico” era legal no Chile na época; foi tornado ilegal em 1989, mas foi legalizado novamente em 2017.)

Padre F. disse à Aciprensa que eles não têm certeza se o médico interpretou mal o ultrassom ou se o Senhor interveio na gravidez para que gêmeos saudáveis ​​nascessem. Seja como for, padre P. diz: “sempre sinto especial carinho e ternura quando penso no coração de minha mãe, que se dispôs a dar a vida por mim, por nós.”

Quando eles tinham 16 anos, começaram a participar mais da vida da Igreja. Então entraram no seminário com 18 anos.

Alguém pode pensar que entrar para o sacerdócio foi uma decisão que eles teriam discernido juntos; os gêmeos têm a reputação de compartilhar todos os seus segredos. No entanto, eles dizem que ambos mantiveram seu discernimento vocacional privado, porque eles não queriam influenciar as decisões de vida um do outro.

Cada um foi atraído pelo sacerdócio à sua maneira, embora o resultado final tenha sido o mesmo. P. disse à Aciprensa: “Não sei qual de nós dois sentiu o chamado primeiro. Acho que Deus fez as coisas muito bem, para proteger a liberdade de nossa resposta”. Padre P., no dia em que foram ordenados, disse: “compartilhamos as mesmas experiências e o mesmo chamado de Jesus a compartilhá-Lo com os outros”.

Falando sobre a vocação ao sacerdócio, pe. F. disse à Aciprensa: “Deus não brinca com a gente. Ele quer que sejamos felizes, e o sacerdócio é uma bela vocação que nos torna plenamente felizes”.

Os gêmeos só souberam da história de coragem de sua mãe quando estavam no sexto ano de seus estudos do seminário. Padre P. diz: “Como não defender a vida? Como não podemos pregar o Deus da vida? Este acontecimento deu um impulso à minha vocação, deu-lhe uma vitalidade específica. Estou convencido do que acredito, do que sou e do que falo, claramente pela graça de Deus”.

Após 10 anos de estudo e preparação, foram ordenados sacerdotes juntos em 2012.

Hoje, a mídia social faz parte de seu ministério. Suas postagens no Facebook, Instagram e Twitter refletem sua alegria no sacerdócio, seu senso de humor, sua proximidade um com o outro e com a comunidade.

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