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Braço da OMS chama a atenção para “epidemia silenciosa”

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Antoine Mekary | ALETEIA

Octavio Messias - publicado em 06/09/20

Condições de saúde mental podem ser afetadas como efeito colateral da pandemia

A Covid-19 não é o único risco à saúde ocasionado pela pandemia. Quadros de ansiedade e depressão têm andado lado a lado com o vírus e os resultados preocupam especialistas. “As condições de saúde mental são uma epidemia silenciosa que afetou as Américas muito antes da #COVID19”, publicou a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), que atua de maneira coordenada com a OMS. 

“Temos uma crise de saúde mental na nossa região como nunca vimos antes. Distúrbios do tipo são uma epidemia silenciosa que já afetava as Américas bem antes da Covid-19”, disse Carissa Etienne, diretora geral da Opas, em uma coletiva de imprensa virtual. 

A questão de saúde mental nas Américas chamou a atenção da Opas e foi chamada como “epidemia silenciosa” muito antes da pandemia, ainda em 2017. Recebeu esse nome pelo fato de que muitos dos que sofrem de distúrbios como ansiedade e depressão, por exemplo, quando têm consciência de que estão com algum problema, o que já não acontece sempre, muitas vezes sofrem em silêncio e não procuram ajuda.

Com a pandemia, esse tipo de doença tende a se agravar, assim como a proliferar feito um vírus. Isolamento social, crise financeira e luto por parentes estariam entre os principais agravantes. Especialmente nos Estados Unidos, no Brasil, no Peru e no México, os quatro países do eixo que estão sendo mais duramente castigados pelo vírus e que, com exceção do Peru, já vinham liderando os casos da epidemia silenciosa no continente. “Metade dos adultos desses países estão estressados por causa da pandemia. Muitos estão usando drogas e álcool, o que pode gerar um ciclo vicioso para as doenças mentais.”

Além de ansiedade e depressão, a organização alerta para outras ameaças como abuso de álcool e de drogas, que podem agravar estes e ainda desencadear outros distúrbios psíquicos. E culminar no suicídio. Especialistas preveem que a quarta onda da pandemia não será marcada pela disseminação do vírus, mas pelo aumento nos índices de depressão e suicídio.

Portanto, fique atento àqueles de quem você gosta, especialmente os que passam a quarentena solitariamente. 

A organização ainda chama a atenção para a alta de casos nas Américas, epicentro da doença desde maio, que concentram 13% da população mundial, mas registrou mais de 60% das mortes por Covid-19 no mundo. 

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