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Coreia do Norte: Nossa Senhora de Fátima é esperança para a liberdade

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AFP

Des centaines de badauds se sont massés le long du cortège pour rendre un dernier hommage aux deux commandos marines tués au Burkina Faso.

Fundação AIS - publicado em 06/09/20

A Coreia do Norte é considerada “um dos piores lugares do mundo para a liberdade religiosa ou de crença”

Todas as terças-feiras, na Catedral de Myeong-dong, em Seul, reza-se pela Coreia do Norte. Desde há 25 anos que por iniciativa do “Comité de reconciliação nacional”, na Arquidiocese de Seul, na Coreia do Sul, celebra-se uma missa e reza-se o Terço pela reconciliação e unidade do povo coreano.

Agora, desde o dia 15 de Agosto, esse momento de oração tem um significado ainda mais especial. Numa cerimónia solene que decorreu precisamente na Catedral de Seul, a Diocese de Pyongyang, a capital da Coreia do Norte, foi oficialmente dedicada e consagrada a Nossa Senhora de Fátima.

A data escolhida para a consagração de Pyongyang e de toda a Coreia do Norte é significativa. O dia 15 de Agosto, solenidade da Assunção da Virgem, comemora também o dia da libertação da península coreana do domínio colonial japonês, no final da Segunda Guerra Mundial. Este ano assinalou-se ainda o 70º aniversário do início da guerra fratricida na península coreana.

O “Comité de reconciliação nacional” tem redobrado as suas actividades nos últimos anos. Segundo a agência Fides, isso traduz-se na “intensificação” da campanha de oração pelos Cristãos que se encontram na Coreia do Norte e que “vivem a sua vida de fé clandestinamente e com grande risco pessoal e familiar”.

Recorde-se que a Coreia do Norte é considerado como “um dos piores lugares do mundo para a liberdade religiosa ou de crença”, como se pode ler no mais recente Relatório sobre a Liberdade Religiosa, publicado pela Fundação AIS. Nesse relatório afirma-se ainda que a Coreia do Norte “é um dos poucos países onde há uma quase total recusa deste direito humano básico e uma sistemática violação de cada liberdade estabelecida pela Declaração Universal dos Direitos Humanos”.

Em Dezembro de 2017, o Comité Internacional de Crimes de Guerra, da Associação Internacional de Advogados publicou um relatório sobre os crimes ocorridos nos campos de detenção política na Coreia do Norte. Sobre os presos cristãos é referido que “recebem tratamento especialmente duro”, sendo “torturados e mortos por causa da sua filiação religiosa”.

Os cristãos são “encarcerados em zonas específicas nos campos de detenção, onde os presos são sujeitos a privações mais graves”. Calcula-se que na Coreia do Norte, segundo o relatório da Fundação AIS, “mais de 100 mil presos são mantidos em condições muito duras, sujeitos a sistemáticas e graves torturas, privados de alimentação adequada e sujeitos a um sistema duro de trabalhos forçados”.

Calcula-se que nesses campos de detenção, verdadeiros ‘gulags’ conhecidos como Kwan-li-so, estão actualmente “pelo menos 25% dos cristãos da Coreia do Norte”.

(Departamento de Informação da Fundação AIS)

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