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Até que ponto conversando sobre certas coisas não cometemos pecado?

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Padre Angelo Bellon, o.p. - publicado em 07/09/20

São Paulo: “Fazei-vos imitadores de Deus, como filhos amados, e caminhem na caridade”

Pergunta

Padre Angelo,

Eu me chamo Emanuele, gostaria de fazer uma pergunta ao senhor: eu, muitas vezes, quando estou fora com os amigos, estou conversando e fazendo brincadeiras sobre assuntos que infelizmente têm como objetivo o pecado. A minha pergunta é: até que ponto brincando sobre certas coisas não cometemos pecado? Seria justo evitar, também se somente brincando, certos temas? Nós rimos não pela ação em si, mas pelo contexto no qual é inserido. A mesma pergunta me veio para os palavrões. De vez em quando pode ser divertido dizer palavrões, mas também isto é um bem, ou um mal? Obrigado pela resposta.

Resposta do sacerdote

Caro Emanuele,

1. Nosso Senhor disse: “Eu sou a videira, vós sois os ramos” (Jo 15,1). Como dos ramos derivam seiva vivificante da videira, assim também nós devemos trazer inspirações para os pensamentos, para as palavras, para os sentimentos e as ações de Jesus Cristo.

2. Dito isso, é certo e apropriado se entreter com os amigos de maneira prazerosa. Rir e fazer sorrir pode ser um grande ato de caridade. De São Domênico se lê que “ninguém era mais hilário que ele”. A sua presença, portanto, era muito agradável e desejada. Todos estavam melhor quando ele estava presente.

3. São Tomás diz “para um débito natural de honestidade, o homem é obrigado a conviver de modo agradável com os outros: a menos que em certos casos, por um motivo de verdadeira utilidade não seja necessário afligi-los” (Suma Teológica, II – II, 114, 2, a 1).

4. No nosso falar, deve ser banido cada discurso não conveniente que suscita fantasias sexuais de maneira diversa do projeto do Senhor. Por isso, São Paulo diz: “Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos muito amados. Progredi na caridade, segundo o exemplo de Cristo, que nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor. Quanto à fornicação, à impureza, sob qualquer forma, ou à avareza, que disto nem se faça menção entre vós, como convém a santos. Nada de obscenidades, de conversas tolas ou levianas, porque tais coisas não convêm; em vez disto, ações de graças” (Ef 5,1-4).

5. O critério portanto é claro: “como deve ser entre os santos”. Faça assim também. Você estará contente e todos entenderão que se pode rir e brincar também sem escandalizar e com vulgaridades. Os santos têm feito assim. Também nós podemos fazê-lo.

Minha benção
Padre Angelo

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