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Os efeitos da pandemia: uma pesquisa com os bispos católicos dos EUA

Liberdade religiosa durante pandemia

ORLANDO SIERRA | AFP

John Burger - publicado em 16/09/20

O Centro de Pesquisa Aplicada no Apostolado entrevistou bispos sobre as respostas à pandemia

O Papa Francisco expressou seu desejo de que a Igreja seja um “hospital de campanha” para as almas feridas. Agora, essa imagem ganhou vida para muitos, já que a Igreja pode fornecer cuidados espirituais e físicos para uma sociedade que enfrenta uma grande emergência de saúde.

Mas o próprio “hospital de campanha” foi gravemente afetado pela mesma emergência de saúde e não é capaz de responder como gostaria. O quão afetada a Igreja está pela pandemia é o assunto de um novo relatório de uma agência de pesquisa em ciências sociais que serve a Igreja nos Estados Unidos.

Em uma pesquisa realizada pelo Centro de Pesquisa Aplicada no Apostolado, os bispos dos EUA relatam que muitas arquidioceses, dioceses, eparquias, paróquias e escolas católicas foram fortemente afetadas pela pandemia de Covid-19, especialmente nas áreas de celebrações de sacramentos, ritos e preparação, bem como financeiramente. Uma proporção menor, mas ainda substancial, de dioceses relatam ter sido muito afetadas no campo do pessoal paroquial e diocesano e nas habilidades de suas organizações de caridade católicas para servir aos necessitados.

“Para enfrentar esses desafios, dioceses e eparquias promulgaram, emitiram e estão considerando uma ampla variedade de remédios, incluindo: orientação pastoral dos bispos sobre como atender às necessidades sacramentais e ao mesmo tempo aderir às diretrizes e ordenanças locais e estaduais, ajudando as paróquias a solicitar ajuda governamental, encorajando os paroquianos a considerarem doar às suas paróquias eletronicamente, oferecendo ajuda às escolas católicas com ensino à distância para os alunos, ajudando as paróquias a oferecer missas online, adaptando as contribuições que as paróquias pagam às suas dioceses, eliminando ou restringindo os programas diocesanos e fechando algumas escolas católicas ou paróquias”, disse a agência.

O Centro de Pesquisa relatou que quase metade dos bispos afirmou que o ânimo dos diáconos e padres foi fortemente afetado, com cerca de um quinto afirmando que o ânimo dos ministros eclesiais leigos, dos próprios bispos e dos funcionários da chancelaria foram “muito afetados”.

Além disso, cerca de um quarto dos bispos indicam que a capacidade da rede de caridade Catholic Charities de servir aos necessitados foi “muito afetada”.

A pesquisa deu aos bispos a chance de escrever sobre suas situações particulares, além de responder às perguntas de múltipla escolha. Em relação às questões financeiras, os bispos escreveram que estão mais preocupados com o fato de as paróquias não terem suas coletas regulares de ofertório desde que as igrejas foram fechadas ao público.

Estão também preocupados com a saúde financeira das famílias dos paroquianos, o pagamento dos funcionários da paróquia e da chancelaria a curto e longo prazo, e com a possibilidade de cortar programas paroquiais e diocesanos existentes.

Duas formas principais pelas quais as dioceses têm respondido a essas dificuldades são ajudando as paróquias a se candidatarem a programas federais e estaduais e encorajando os paroquianos a considerar a doação eletrônica em substituição às coletas de ofertório de suas paróquias.

“O que dioceses e eparquias têm sido relativamente menos propensas a considerar também é importante: o fechamento de algumas escolas primárias, escolas secundárias ou paróquias católicas (45%, 26% e 26%, respectivamente, o fizeram ou estão pensando em fazê-lo)”, afirmou o Centro de Pesquisa.

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