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Pe. Manzotti: “falar sobre São Pio edifica a minha fé”

PIO

Lucia Dughetti / CC BY-NC 2.0

Padre Reginaldo Manzotti - publicado em 22/09/20

Nestes dias marcados pelo sofrimento da crise gerada pela pandemia, estamos tentando seguir em frente e nos tornarmos pessoas melhores. Então, peguemos algum exemplo de São Pio

São Pio de Pietrelcina, um santo da atualidade. Lembro que a devoção a um santo tem o propósito de aprendermos como ele respondeu ao chamado, como seguiu Jesus e, a partir disso, aprendermos a lidar com as nossas próprias inquietações. 

Conhecer mais a vida de São Pio e falar sobre ele edifica minha fé. Se muitos se surpreendem quando digo que entrei no seminário com 11 anos, imaginem São Pio que com apenas cinco anos recebeu a vocação.   

Quando perguntaram a ele porque se recolhia em oração e não brincava com as outras crianças, respondeu que era porque elas blasfemavam muito. Muitos podem achar puritanismo exagerado. Mas, não! Às vezes é necessário aprender com uma criança que nem todo lugar, nem todas as conversas, nem todas as pessoas nos convém, quando estas ferem a Deus. 

Aos 16 anos entrou como noviço na Ordem dos Frades Menores em Morcone, depois de quatro anos fez a profissão solene. Durante os estudos para ordenação, por estar com a saúde muito frágil, tinha de voltar para casa e receber cuidados especiais com frequência. Chegou a ser ordenado precocemente porque temia morrer a qualquer momento.  Depois de seis anos, teve uma melhora e foi transferido para o convento Santa Maria das Graças, em San Giovanni Rotondo, lugarejo pobre da Itália que se transformou em um pedacinho do céu. Isso comprova que onde Deus nos quer e nos coloca, é ali que temos que servir e gerar frutos para o Reino. 

São Pio, diante do crucifixo, rezava muitos rosários por dia, atendia confissões sem se cansar e, ao celebrar a Missa, demorava mais de três horas porque mergulhava em êxtase na Paixão de Cristo.  

Primeiro foi agraciado com os estigmas invisíveis e depois recebeu os visíveis, da crucifixão de Jesus, que permaneceram nele por mais de 50 anos. Hoje, até pode-se pensar que isso facilitou tudo na vida de São Pio. Espiritualmente sim, mas ele foi muito perseguido. Houve denúncias equivocadas, sofreu com a invidia clericalis (a inveja entre os clérigos), disseram que ele fazia suas próprias feridas. Certo padre instruído, doutor em medicina, a quem Padre Pio se recusou mostrar as feridas, escreveu um artigo atestando que elas eram falsas e de natureza neurótica. Foram anos de perseguição. Ele foi proibido de rezar Missas públicas e de atender confissões. Mas, no lugar de se revoltar, ele disse: “A Igreja é uma mãe à qual é preciso amar, e mais ainda quando nos pune”.

Não contente em cuidar das almas, projetou um dos maiores hospitais para aliviar também os sofrimentos físicos. Com equipamentos modernos, a Casa de Alívio do Sofrimento tornou-se um dos melhores hospitais da Europa e até hoje é referência. 

Em 23 de setembro de 1968, tendo recebido os sacramentos e com o rosário nas mãos, São Pio entregou sua fervorosa alma a Deus. Milhares de peregrinos vão a San Giovanni Rotondo porque sabem que lá está o corpo parcialmente incorrupto de um homem que amou Jesus Cristo a tal ponto que, além de seu espírito, sua carne se configurou ao Redentor.   

Todos nós fomos marcados pelo sofrimento da crise gerada pela pandemia, estamos tentando seguir em frente e nos tornar pessoas melhores. Então, peguemos algum exemplo de São Pio para nossa vida espiritual. Peçamos que ele interceda junto a Jesus das Santas Chagas para que as nossas chagas sejam curadas no Senhor e para que as graças que necessitamos e não conseguimos, por tão grande intercessor, sejam derramadas sobre nós. 




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