Enquanto milhões de pessoas em todo o mundo ficaram sem emprego e milhares de pequenas e médias empresas fecharam suas portas por causa da crise gerada pela pandemia do coronavírus, as fortunas dos bilionários norte-americanos cresceram de forma inesperada no período.
A lista de bilionários
Os três nomes de destaque nesta lista são: Jeff Bezos (Amazon), Elon Musk (Telsa) e Mark Zuckerberg (Facebook), o que não quer dizer que esses sejam os únicos que se enriqueceram ainda mais em seis meses de pandemia. Há muitos outros: Larry Ellison (Oracle), Michael Bloomberg (ex-prefeito de Nova York), Alice, Jim e Sob Walton (Walmart), Larry Page (Google) etc.
Isso é o que aponta o último informativo “Billionaire Bonanza”, do Institute for Policy Studies (IPS) – um estudo que mostra as enormes desigualdades da riqueza no país mais rico do planeta. O que se pode ver neste levantamento é que os 643 estadunidenses mais ricos acumularam US$ 845 bilhões em ativos de março a setembro de 2020.
Em outras palavras, a riqueza combinada desses 643 bilionários aumentou em 29% em apenas um semestre. Isso aconteceu no ano mais devastador da história moderna da humanidade, que deixou muita gente na miséria.
O estudo foi baseado nos dados de patrimônio pessoal rastreados pela revista Forbes e mostra que a fortuna dessas pessoas atingiu cifras que nem 40% da humanidade em conjunto possui.
Chuck Collins, diretor do Programa de Desigualdades do IPS disse à CNN Business que, depois de revisar as cifras, ficou “comovido” porque a pandemia está “sobrecarregando as desigualdades existentes nos Estados Unidos”.
Mudanças urgentes
Durante o mesmo período em que os bilionários se enriqueceram ainda mais, a taxa de desemprego nos Estados Unidos chegou a 14,7%, embora tenha reduzido para 8,4% no mês de agosto. Segundo o IPS, esta é a pior crise econômica desde a Grande Depressão de 1929.
As ações da Amazon subiram mais de 60% este ano e fizeram com que a fortuna de seu presidente , Jeff Bezos, chegasse a US$ 200 bilhões – o primeiro a alcançar essa cifra astronômica.
Para Collins, isso tem que mudar. O Congresso americano deveria privilegiar a renda dos trabalhadores, ao invés dos investidores. Para o especialista, a concentração da riqueza em poucas mãos transformará os Estados Unidos de forma terrível e irreparável. “Algumas pessoas vão ter um poder extremo para moldar a economia, a política e os meios de comunicação. Nenhum de nós vai querer viver em uma sociedade como essa, em que a Main Street, em Nova York, já não tem nem cem lojas. Só tem um depósito da Amazon”, disse Collins.
Os mais ricos do Brasil
De acordo com a revista Forbes, 33 brasileiros viraram bilionários em 2020. Com isso, o número de ricaços no país passou para 238.
Veja a lista dos 10 mais ricos do Brasil, segundo a Forbes:
1. Joseph Safra: R$ 119,08 bilhões
2. Jorge Paulo Lemann: R$ 91 bilhões
3. Eduardo Saverin: R$ 68,12 bilhões
4. Marcel Herrmann Telles: R$ 54,08 bilhões
5. Carlos Alberto Sicupira e família: R$ 42,64 bilhões
6. Alexandre Behring: R$ 34,32 bilhões
7. André Esteves: R$ 24,96 bilhões
8. Luiza Trajano: R$ 24 bilhões
9. Ilson Mateus: R$ 20 bilhões
10. Luciano Hang: R$ 18,72 bilhões
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