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Índia: onda de violência contra mulheres ‘dalits’ revela discriminação

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Fundação AIS - publicado em 27/09/20
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Uma onda de violações e de assassinatos brutais num único estado da Índia durante as últimas semanas está a lançar sinais de alarmeÉ um dos dramas escondidos da sociedade indiana. A violência contra raparigas e mulheres ‘dalits’, que se encontram no mais baixo patamar do complexo sistema de castas da Índia, é recorrente neste país mas aparentemente está a ganhar uma dimensão crescente e muito preocupante.

De facto, uma onda de violações e de assassinatos brutais num único estado da Índia durante as últimas semanas está a lançar sinais de alarme para esta realidade tantas vezes ignorada pela própria sociedade.

Segundo o jornal britânico The Guardian, o estado de Uttar Pradesh tem sido palco de vários casos de violência contra jovens raparigas, sendo que, na sua maioria, pertencem aos ‘dalits’, ou intocáveis. O confinamento imposto pelas autoridades por causa da pandemia do coronavírus poderá ter contribuído para o aumento destas situações que provocaram “indignação”.

A Índia é considerado um dos países mais inseguros do mundo para as mulheres, registando-se uma violação praticamente a cada vinte minutos. Por outro lado, calcula-se que pelo menos quatro mulheres ‘dalits’ são agredidas sexualmente todos os dias, embora este número possa ser bastante superior dada a forma como as autoridades lidam normalmente com estes casos e também porque as pessoas oriundas das castas consideradas inferiores muitas vezes nem chegam a apresentar queixa sobre as situações de que são vítimas.

Esta realidade afecta directamente a comunidade cristã. Na Índia, um país em que a esmagadora maioria da população é hindu, os cristãos são uma minoria. Não mais do que 2,3% da população total e destes, calcula-se, cerca de 60% são ‘dalits’. Estes cristãos, os ‘dalits’ e também os povos tribais, têm descoberto no Cristianismo uma religião que os liberta do isolamento social e ajuda a crescer em dignidade como pessoas iguais em direitos e deveres.

Para alertar a sociedade portuguesa para esta realidade tantas vezes desconhecida no mundo ocidental, a Fundação AIS lançou uma enorme campanha de sensibilização na Quaresma de 2018. Através das histórias de três mulheres, Bita, Asha e Swetha, procurou-se mostrar como é tantas vezes dramática a luta pela dignidade e pela própria sobrevivência nos lugares mais pobres dos bairros mais miseráveis das cidades indianas onde normalmente vivem os ‘dalits’.

(Departamento de Informação da Fundação AIS)

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