Paulo VI sugere que a melhor forma de combater Satanás é rezar e jejuar, levar uma vida virtuosa e fazer o bemA certeza da existência de Satanás não justifica nossas más escolhas; ela traz à luz a realidade de que há uma batalha espiritual invisível neste mundo e nossas almas estão presas no meio dela.
Sim, tendemos a querer fazer o bem. Porém, o diabo pode nos influenciar e nos fazer crescer nas trevas, em vez de procurarmos a luz de Cristo.
São Paulo VI comentou esta realidade em uma Audiência Geral de 1972. Disse ele:
“Estamos frente a frente com o pecado, que é uma perversão da liberdade humana e causa profunda da morte, pois envolve o desapego a Deus, fonte da vida. E então o pecado, por sua vez, torna-se a ocasião e o efeito da interferência em nós e em nosso trabalho por um agente obscuro e hostil, o Diabo. O mal não é apenas a ausência de algo, mas uma força ativa, um ser vivo e espiritual que é pervertido e que perverte os outros. É uma realidade terrível, misteriosa e assustadora.”
O pontífice acreditava firmemente que, como cristãos, precisamos reconhecer a existência de Satanás e sua influência na humanidade. Ele explica:
“Esta questão do Diabo e da influência que ele pode exercer sobre os indivíduos, bem como sobre as comunidades, sociedades inteiras ou acontecimentos, é um capítulo muito importante da doutrina católica que deve ser estudado novamente, embora receba pouca atenção hoje … Podemos presumir que sua ação sinistra ocorre onde a negação a Deus se torna radical, sutil e absurda; onde as mentiras se tornam poderosas e hipócritas em face da verdade evidente; o amor é sufocado por egoísmo frio e cruel; o nome de Cristo é atacado com ódio consciente e rebelde, o espírito do Evangelho é diluído e rejeitado e o desespero é afirmado como a última palavra…”
Estratégias
A boa notícia é que o diabo e seus asseclas podem ser resistidos. Abaixo, apresentamos o que Paulo VI chamou de “estratégia de batalha” para resistir à influência do Diabo:
[Que] defesa, que remédio devemos usar contra a ação do Diabo?
- Poderíamos dizer: tudo o que nos defende do pecado nos fortalece contra o inimigo invisível;
- A graça é a defesa decisiva. A inocência assume o aspecto de força;
- Todos deveriam se lembrar de quantas vezes o método apostólico de ensino usava a armadura de um soldado como símbolo das virtudes que podem tornar um cristão invulnerável;
- O cristão deve ser um militante, ser vigilante e forte, deve, às vezes, fazer uso de práticas especiais para escapar de certos ataques diabólicos. Jesus nos ensina isso apontando a oração e o jejum como remédios;
- E o Apóstolo sugere a linha principal que devemos seguir: “Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem”.
Conscientes, portanto, da oposição que as almas individuais, a Igreja e o mundo devem enfrentar na atualidade, procuraremos dar sentido e eficácia à invocação familiar em nossa oração principal: “Pai nosso. . . livrai-nos do mal!“
Resumindo
O Papa Paulo VI nos lembra da existência de Satanás. Além disso, sugere que a forma de combatê-lo é com oração e jejum, levando uma vida virtuosa, bem como fazendo o bem no mundo.
Acima de tudo, ele nos exorta a lutar e a fazê-lo em nível espiritual, reconhecendo a realidade desta batalha e fazendo tudo o que estiver ao nosso alcance para impedir que o Diabo corrompa a nossa alma.
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