Canonização do Padre Leo: o Pe. Zezinho recorda que o processo é longo e minucioso e que é preciso ser prudentes e sensatos no seu correto entendimento.
Via rede social, de fato, o sacerdote comentou:
Perguntaram-me se eu sou devoto do Padre Leo. Fui professor e confrade dele por vários anos. Querer bem, rir com ele, discordar dele e ter convivido com ele é uma coisa. Mas espalhar a devoção ao Padre Leo é outra coisa. A Igreja ainda não examinou seus escritos (e ele escreveu muito). Ainda não examinou seus programas de TV (e foram milhares). A Igreja ainda não o declarou Venerável. Então, ainda não podemos espalhar uma devoção ao meu aluno e colega padre. Morreu entre sofrimentos e deu um bonito testemunho de aceitação da dor. Devemos admirá-lo por isto, porque, nos últimos meses da sua vida, ele ensinou uma linda catequese de resignação! Mas divulgar devoção ao Padre Leo é ignorar o que a Igreja ensina.
Canonização do pe. Leo: o processo normal da Igreja
Primeiro, sua vida inteira, seus ensinamentos, seus pronunciamentos, seus livros, seus sermões e tudo o que ele disse e escreveu será devidamente examinado. Depois disso, o grupo de estudiosos que examinou tudo (e levará anos!) vai submeter tudo às autoridades em Roma. E aí, se as autoridades de Roma disserem que ele pode ser Venerável, alguém poderá divulgar a devoção ao Padre Leo. Convivi com ele muito tempo. E, nós, colegas dehonianos, que convivemos quase 16 anos com ele, devemos ser os primeiros a não precipitar uma devoção que prejudicaria o seu futuro. Ele não apoiaria esta pressa! Nós o conhecemos muito bem! Ele era muito realista. Nunca sonhou com isto. Quem o admira terá que esperar o que os especialistas disserem! Por enquanto, o nosso Padre Leo Tarcísio Gonçalves Pereira (scj) será o nosso Padre Leo, sem nenhuma veneração.
Admiração e veneração
Há diferença entre “admiração” e “veneração”. Quem decide isto é a Congregação dos Santos! Sua vida será examinada por muitos anos! Lá no céu ele deve estar dizendo: “Ceis deve estar tudo doido! Procurem outro exemplo!” É o que o que ele diria a nós, que convivemos com ele por mais de 16 anos. Depois optou por apoiar duas outras comunidades católicas. Aí, o assunto passa por estas comunidades, que sabem detalhes que elas testemunharam nos últimos anos da sua vida! Serão perguntadas por muitos anos! Ele teve uma vida muito frutuosa e atingiu milhões de pessoas. E se expôs aos olhos da Igreja pela mídia e pela TV quase todos os dias. Tudo isto será examinado! Ele sabia disto quando optou por ser comunicador e catequista. E fez imenso bem! E disso nos lembraremos, sem pressa e sem títulos que só a Igreja de Roma pode lhe dar!
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