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Irlanda católica? Colégios públicos estão banindo Missas e símbolos de fé

Irlanda e seus símbolos católicos
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Francisco Vêneto - publicado em 15/10/20
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País já foi considerado um dos mais católicos do mundo, mas diretrizes do governo vêm impondo cada vez mais limitações à vivência da religiãoIrlanda católica: descrever assim essa ilha de tantos missionários já foi quase redundante. A identidade irlandesa, afinal, era praticamente inseparável do catolicismo.

No entanto, as autoridades do país vêm impondo gradualmente outro cenário à sua população. O caso mais emblemático, é claro, foi a liberação do aborto em 2018. O viés ideológico, porém, vem permeando cada vez mais diretrizes que afetam a vivência da fé no dia-a-dia.

Os colégios públicos do país, por exemplo, estão banindo pouco a pouco as Missas, os símbolos católicos e as visitas de inspetores diocesanos.

Segundo o jornal The Irish Times, de fato, o governo prepara novas regras para as escolas públicas no tocante à religião. Ainda não publicado, o documento “Estrutura para o reconhecimento das crenças / identidades religiosas de todos os alunos nas escolas públicas” pretende implantar nos colégios um “espírito multi-denominacional” e, portanto, eliminar práticas católicas que fazem parte da tradição irlandesa há séculos.

Irlanda católica?

Tais diretrizes pedem que as escolas considerem “as crenças da comunidade escolar em geral e não as de uma religião em particular“. Por isso, caso uma escola mostre símbolos católicos aos alunos, a orientação é que também exiba símbolos de outras religiões.

O documento, aliás, também determina que os professores de religião se pautem pela “multi-confessionalidade” e não ofereçam “formação na fé para uma religião em particular“. O plano de estudos estatal, de fato, exige que as escolas enfatizem a “variedade de religiões e de crenças diversas“.

As limitações à religião no dia-a-dia dos irlandeses vêm crescendo abertamente. Mesmo assim, porém, o último censo (2016) aponta que 78,3% da população ainda abraça o catolicismo.

Esses números, aliás, dão ao país uma classificação de “nação fortemente católica” segundo os padrões da secularizada Europa.

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