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Os efeitos da pandemia no número de partos prematuros

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Ondrom - Shutterstock

Theresa Civantos Barber - publicado em 26/10/20

O número de nascimentos de bebês prematuros caiu durante a pandemia. Com a boa notícia, os médicos tentam desvendar as causas dessa surpreendente tendência

As restrições impostas pela pandemia causaram impactos no número partos prematuros. E os médicos querem entender o motivo.

Esperava-se que as taxas crescentes de doenças ou o estresse provocado pela pandemia afetassem negativamente as grávidas. Entretanto, médicos de várias partes do mundo notaram, inicialmente, uma queda repentina e drástica no número de nascimentos de bebês prematuros nesse período.

Agora, portanto, uma pesquisa confirmou a tendência observada pelos especialistas. Segundo o New York Times,

Um grande estudo da Holanda, publicado na terça-feira no The Lancet Public Health, rendeu evidências ainda mais fortes de uma associação entre o lockdown e um número menor de partos prematuros … Os pesquisadores holandeses examinaram dados de triagem de sangue de recém-nascidos de 2010 a 2020, que incluíam mais de 1,5 milhão de crianças. Mais de 56.000 desses bebês nasceram depois que a Holanda começou a fechar as portas em resposta à pandemia …Os pesquisadores observaram, portanto, que os partos prematuros caíram depois de 9 de março, quando o governo da Holanda começou a alertar a população para adotar mais medidas de higiene e ficar em casa… Na semana seguinte, escolas e locais de trabalho começaram a fechar. “Pudemos ver que esse impacto foi real”, disse o Dr. Jasper Been, neonatologista do Erasmus Medical Center em Rotterdam e principal autor do estudo. A redução foi de 15 para 23 por cento, disse ele.

Essa queda no número de partos prematuros, sem dúvida, é uma notícia boa e, acima de tudo, surpreendente. Entretanto, os médicos ainda não sabem o que poderia estar causando essa redução.

As causas da queda do número de partos prematuros

Uma teoria, por exemplo, é que as precauções pandêmicas, que incluíam melhor higiene e menos exposição a possíveis fontes de doença, resultaram em taxas mais baixas de infecção. Sabe-se que 40% dos partos prematuros estão associados a infecções.

Outra teoria, no entanto, diz que as restrições à pandemia reduziram o estresse para muitas grávidas. Da mesma forma, o estresse materno pode antecipar os partos. Para muitas grávidas, entretanto, ficar mais tempo em casa com a família não foi motivo de estresse.

Por outro lado, pesquisadores se perguntaram se a diminuição nesse índice poderia estar acontecendo porque mais bebês nasceram mortos. Mas, felizmente, esse não parece ser o caso:

Se a maioria dos prematuros fosse, de fato, natimortos, disse Been, teria que haver um grande aumento de natimortos – talvez três vezes o número normal. Ninguém, entretanto, relatou essa mudança até agora. 

Conclusão

Ter um bebê prematuro costuma ser profundamente traumático para os pais. Da mesma forma, é um desafio para a saúde dos pequenos. Portanto, a queda no número de nascimentos de bebês prematuros na pandemia é uma notícia promissora e reconfortante. Mesmo que a COVID-19 tenha trazido desafios dolorosos, seus efeitos estão dando ao mundo bebês mais saudáveis. De fato, trata-se de um grande sinal de esperança.

Mas a grande esperança, é óbvio, é que os médicos possam descobrir por que isso está acontecendo, para que a redução de partos prematuros possa continuar sem uma pandemia devastadora.


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