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Paquistão: Tribunal ordena proteção de jovem cristã sequestrada

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Youtube - zabarnews

Proteste contro il rapimento di Arzoo Raja (nella foto sullo striscione) a Karachi.

Fundação AIS - publicado em 03/11/20

“As minorias religiosas estão realmente ameaçadas e enfrentam [tempos de] incerteza no Paquistão"

É uma mudança no processo de Arzoo Raja, a jovem cristã de 13 anos sequestrada junto à casa da família no bairro de Santo António, em Karachi, no passado dia 13 de Outubro.

Ontem, dia 2 de Novembro, o Tribunal de Sindh ordenou à polícia que colocasse a jovem sob sua custódia [no abrigo para mulheres Darul Aman] e a apresentasse na audiência marcada para a próxima quinta-feira, dia 5 de Novembro.

O magistrado judicial ordenou ainda uma perícia médica para se determinar a idade da jovem, uma vez que, segundo a família, terá apenas 13 anos, muito menos do que os 18 anos que são o limite legal imposto na lei.

O sequestro de Arzoo por um homem muçulmano mais velho, de 44 anos, que alegadamente a forçou à conversão ao islão e a casar, despertou de imediato os protestos da comunidade cristã e de organizações como a Fundação AIS.

Para Joel Amir Sohatra, um antigo membro do Parlamento Provincial do Punjab, neste momento “as minorias religiosas estão realmente ameaçadas” no Paquistão, e a situação está a piorar de dia para dia.

Em mensagem enviada para Lisboa mal se soube da decisão do magistrado de Sindh, Amir Sohatra pede que seja garantida a segurança não só da jovem como da sua família. “Exigimos às autoridades que garantam a segurança de Arzoo e da sua família, pois estão já sob ameaça.”

Sohatra, que encabeçou manifestações de protesto em Faisalabad em que a comunidade cristã pedia a libertação não só de Arzoo mas de todas as jovens sequestradas, assegura à Fundação AIS que “há fortes rumores de que os fanáticos estão a ameaçar” a família de Arzoo, para abandonar este processo, assegurando que a rapariga “abraçou o islão” de livre vontade.

Quinta-feira será o dia do veredicto. A decisão que o Tribunal vier a tomar será com certeza relevante para todos os casos de jovens oriundas de minorias religiosas sequestradas e forçadas a casar no Paquistão.

“Vamos esperar até 5 de Novembro, para ver como o tribunal vai proceder com este assunto”, escreve Joel Amir Sohatra. “As minorias religiosas estão realmente ameaçadas e enfrentam [tempos de] incerteza no Paquistão…”

(Departamento de Informação da Fundação AIS)

Tags:
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