Repentina mobilização pró-aborto com ativistas estrangeiros e cartazes em inglês: quem está orquestrando e financiando o “show”?Violentos grupos pró-aborto na Polônia têm surpreendido o país e o mundo nos dias recentes, porque o governo aboliu o assim chamado “aborto terapêutico”.
Ostensivas mobilizações começaram a tomar as ruas de grandes cidades do país, com ampla cobertura da mídia internacional. O que a mídia “curiosamente” não mostrou é que parte desses grupos pró-aborto tem revelado a sua fúria contra tudo que é católico – e o ex-país comunista é essencialmente católico.
De fato, a Polônia acaba de reeleger o presidente Andrzej Duda, abertamente católico, pró-vida e pró-família. A Europa laicista e esquerdista, por sua vez, vê a Polônia como um desagradável “país rebelde”, que ousa remar contra a maré ideológica para preservar as suas raízes cristãs e a sua identidade nacional.
Mas quem está orquestrando e financiando estas súbitas mobilizações pró-aborto no país?
Violentos grupos pró-aborto na Polônia
São mobilizações organizadas sinergicamente, que contam com presença de ativistas estrangeiros e abundância de cartazes em inglês. Fica patente que o “espetáculo” é para a mídia estrangeira.
Mas quem o produz? Quem está pagando?
Os grupos pró-aborto, repetindo o mesmo roteiro batido que seguem no mundo inteiro, vêm atacando símbolos religiosos e igrejas. É a mesma incivilidade raivosa que já vimos na Argentina, no Chile, no México. Por quê?
Os católicos poloneses, no entanto, ao contrário do que ocorre em dezenas de outros países, não ficaram dormindo: espontaneamente, grupos de jovens se revezam para defender as igrejas da hostilidade dos hipócritas armados de pedras, isqueiros e cartazes que pregam “tolerância” e “mais amor, por favor”.
Chamamento da Conferência Episcopal
A Conferência Episcopal da Polônia também não ficou dormindo. Os bispos poloneses publicaram um documento em que exortam os fiéis a defenderem as igrejas e a resistirem à selvageria dos violentos grupos pró-aborto e daqueles que os financiam, organizam e, no fim das contas, manipulam.
Confira a tradução do chamamento dos bispos:
DO CONSELHO PERMANENTE DA CONFERÊNCIA DOS BISPOS DA POLÔNIA SOBRE A PROTEÇÃO DA VIDA E DA PAZ SOCIAL
1. Hoje, quando uma onda de protestos de rua se espalha pelo nosso país, o Papa Francisco dirigiu palavras importantes e significativas aos poloneses durante a Audiência Geral. Nelas fez referência a São João Paulo II, que “sempre apelou a um amor especial pelos fracos e indefesos e à proteção de toda a vida humana, desde a sua concepção até a sua morte natural”. Estas palavras fazem parte do constante apelo da Igreja por proteção, incluindo a proteção legal da vida de cada ser humano, incluindo os que ainda não nasceram, de acordo com o mandamento “Não matarás”.
2. O Papa Francisco pediu a Deus “que desperte no coração o respeito pela vida dos nossos irmãos, especialmente dos mais fracos e indefesos, e dê força a quem os acolhe e cuida”. O mandamento do amor nos impõe o importante dever de cuidar, ajudar e proporcionar às mães e famílias que recebem e criam filhos doentes a proteção de que precisam. Agradecemos a todas as comunidades e instituições que o fazem há anos e pedimos às paróquias, movimentos católicos e outras organizações religiosas que empreendam iniciativas específicas para satisfazer aqueles que precisam e precisarão de ajuda, tanto individual quanto institucional. A Igreja sempre defenderá a vida e apoiará iniciativas que a protejam.
3. Observamos com grande dor a escalada da tensão e da agressão social. A linguagem vulgar usada por alguns dos manifestantes, a destruição de bens sociais, a devastação de igrejas, a profanação de lugares santos ou o impedimento da liturgia também são preocupantes. Apelamos a todos para que participem de um diálogo social significativo, expressem suas opiniões sem recorrer à violência e respeitem a dignidade de cada ser humano. Pedimos aos políticos e a todos os participantes do debate social, neste momento dramático, que analisem profundamente as causas da situação e procurem soluções, no espírito da verdade e para o bem comum, sem explorar o que diz respeito à fé e a Igreja. Agradecemos aos pastores e a todos os fiéis leigos que corajosamente defendem suas igrejas. Ninguém pode defender melhor a Igreja e os objetos sagrados do que a comunidade dos crentes. Agradecemos também aos serviços de segurança. A Igreja deseja permanecer aberta a todas as pessoas, independentemente da sua filiação social e política.
4. Também estamos passando por um momento muito difícil devido às restrições relacionadas à pandemia do coronavírus. Este é um grande desafio para todos nós. Em nome do zelo pela segurança e saúde, fazemos um apelo permanente à solidariedade e ao cumprimento das normas de segurança sanitária. Expressamos nossa gratidão a todos os médicos pelo seu trabalho e dedicação heroica.
5. Pedimos também a todos os crentes que jejuem, deem esmolas e rezem pela paz social, com a intenção de proteger a vida, acabar com a crise atual e dar fim à expansão da pandemia.
Abençoamos todos os nossos compatriotas.
Membros do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Polonesa
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