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A astrologia é uma ciência?

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Reportagem local - publicado em 05/11/20

As afirmações dos astrólogos são fundamentadas cientificamente ou se baseiam no cálculo de probabilidades?

Cerca de 50% dos americanos acreditam que a astrologia é ciência, segundo um novo estudo da National Science Foundation. Não estamos nos referindo à astronomia (estudo dos fenômenos referentes aos astros). Mas à astrologia, prática na qual os astrólogos nos dizem coisas sobre nós mesmos e sobre o nosso futuro baseando-se na posição das estrelas.

As afirmações da astrologia não estão cientificamente fundamentadas, segundo explica Jorge Luis Zarazúa à Aleteia.

O especialista, membro da Rede Ibero-americana de Estudo das Seitas, conta que a astrologia, que antes se empenhava em descobrir a influência dos astros sobre o destino dos homens e das coisas, dividiu-se em vários setores.

Tem a astrologia mundial, que vê os processos na história e na política. A astrologia genética ou individual, para predizer os acontecimentos pessoais. E a astrologia a de consultório, que busca a resposta, mediante consulta, para perguntas concretas de pessoas interessadas.

Zarazúa afirma que “a predição prospectiva, a análise dos resultados que dependem de variáveis observáveis, mais do que adivinhação, é predição e previsão, com mais ou menos grau de probabilidade”.

Segundo o sacerdote, “a predição do que ocorre por causas livres é evidentemente um engano, uma predição jogada ao azar, ao cálculo de probabilidades. É, por exemplo, o que acontece nas casas lotéricas e na maior parte dos prognósticos humanos”.

“Para viver, as pessoas precisam de esperança, serenidade, algo em que apoiar-se. Os que acreditam que Deus é providente e reconhecem que tudo o que acontece é porque Ele quer ou permite, não precisam de outros apoios”, completa.

Doutrina

A Igreja Católica alerta sobre a astrologia no Catecismo:

“Todas as formas de adivinhação devem ser rejeitadas: recurso a Satanás ou aos demônios, evocação dos mortos ou outras práticas supostamente ‘reveladoras’ do futuro. A consulta dos horóscopos, a astrologia, a quiromancia, a interpretação de presságios e de sortes, os fenômenos de vidência, o recurso aos ‘médiuns’, tudo isso encerra uma vontade de dominar o tempo, a história e, finalmente, os homens, ao mesmo tempo que é um desejo de conluio com os poderes ocultos. Todas essas práticas estão em contradição com a honra e o respeito, penetrados de temor amoroso, que devemos a Deus e só a Ele” (CIC 2116).

“Deus pode revelar o futuro aos seus profetas ou a outros santos. Mas a atitude certa do cristão consiste em pôr-se com confiança nas mãos da Providência, em tudo quanto se refere ao futuro, e em pôr de parte toda a curiosidade malsã a tal propósito. A imprevidência, no entanto, pode constituir uma falta de responsabilidade” (CIC, 2115).

A astrologia não é ciência, mas sim uma forma de superstição. De qualquer forma, em nossa crescente cultura pós-cristã, ela demonstra que o anseio humano por espiritualidade, significado e sentido ainda permanece vivo.




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