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Ideologia de gênero no STF: tribunal tirou de pauta, mas não arquivou

STF do Brasil

Wikipedia (Leandro Ciuffo - Flickr) - CC BY 2.0

Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, em Brasília

Pe. José Eduardo - publicado em 06/11/20

Pe. José Eduardo: "Isto significa que precisamos continuar trabalhando, pois o tema voltará a qualquer momento"

Ideologia de gênero no STF: o tribunal tirou o tema da sua pauta nesta quarta-feira, 4, mas não o arquivou. É isto o que destaca o pe. José Eduardo Oliveira, que postou em sua rede social um comentário importante a respeito das discussões sobre ideologia de gênero no Brasil:

Gênero: STF tirou de pauta, mas não arquivou

O presidente do Supremo retirou a ADI 5668 de pauta [na quarta-feira, 4 de novembro], mas não a arquivou. Isto significa que precisamos continuar trabalhando, pois o tema voltará a qualquer momento.

A “desconstrução da heteronormatividade” (PNDH3) coincide com a educação para a “mente plenamente sexuada” (Sh. Firestone), o que significa simplesmente diluir a “complementaridade do homem e da mulher” (K. Davis) no indefinido, desconfigurando o desejo sexual para que ele se torne completamente desorientado.

Educar crianças para manipular a sua personalidade ainda em formação com o objetivo de desprogramar a sua sexualidade é algo inaceitável. Ora, mas, sem isso, como é que a tal “performatividade de gênero” poderia dar certo? Butler entende que não existe uma “identidade como causa”, mas apenas “palavras, atos, gestos e desejo” que “produzem o efeito… na superfície do corpo, por meio do jogo de ausências significantes” (Problemas de gênero, p. 194). Na linguagem obscura de Butler, isto significa apenas que não há uma essência (há uma ausência significante) por trás das performances, que são elas mesmas vazias e caóticas, propositalmente calculadas para serem subversivas.

“Combate ao preconceito” é somente uma desculpa

Diante de uma engenharia comportamental tão psicologicamente violenta, é óbvio que a alegação de “combate ao preconceito” é tão somente uma desculpa, um instrumento retórico que recobre finalidades sociologicamente muito mais profundas: em 1967, K. Davis já explicitara que a “desconstrução da complementaridade do homem e da mulher” tinha como finalidade a “redução demográfica”, em função da qual também se criou todo o lobby internacional do aborto.

Mas as nossas crianças precisam disso? As nossas famílias o querem?

Parece-me mais do que claro que o grande objetivo por detrás dessa maquinação diabólica é realmente reduzir a sociedade ao mínimo de mão-de-obra indispensável para tocar adiante o mercado, que será, este sim, o grande beneficiário de uma civilização construída tão somente sobre fundamentos econômicos.

É uma pena se os nossos ministros do STF submeterem uma matéria tão delicada à votação sem antes ouvirem cuidadosamente todas as pessoas que sabem realmente não apenas o sentido deste jogo alucinante de palavras chamado “teorias de gênero”, mas também que conhecem bem a intencionalidade absurda que existe por detrás disso tudo.

Esta não é uma mera questão jurídica, de interpretação das leis do Estado. Esconde-se por trás disso uma nova antropologia, uma nova cosmovisão, as quais, se fossem conhecidas pelos nossos ministros, lhes causariam um enorme assombro, tal como na Noruega causou escândalo, a ponto que tiveram de fechar como agência criminosa o órgão responsável por disseminar a “ideologia de gênero” naquela sociedade.


Ideologia de gênero e linguagem neutra

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Tags:
Ideologia de GêneroJustiça
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