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Médico ajuda viúva desempregada com 4 filhos de forma surpreendente

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Monkey Business Images | Shutterstock

Annalisa Teggi - publicado em 06/11/20

Quando uma mãe necessitada pediu ajuda ao médico de seu filho, o encontro mudou os dois

A ajuda que um médico deu a uma viúva vem como uma boa notícia para nos mostrar que a solidariedade é uma realidade em nosso mundo, e não apenas uma boa ideia.

E esse exemplo perfeito de caridade chegou até nós de Nápoles. Uma mãe chamada Anna estava em grande dificuldade: ela era uma viúva desempregada com 4 filhos, e um deles estava doente. No entanto, ela recebeu ajuda espontânea e concreta de um médico, e depois de mais de seus concidadãos, tudo graças a uma postagem no Facebook.

Uma família em risco

No dia 16 de outubro, o Dr. Eduardo Ponticiello, do Hospital Santo Bono de Nápoles, publicou a história no seu perfil do Facebook. E a página Nessuno tocchi Ippocrate a partilhou com um vasto público:

Anna ligou para ele com um pedido urgente; ela estava quase desesperada e disse:

Doutor, eu sou Anna, não sei se você se lembra de mim. Você visitou meu filho no hospital há muito tempo, um menino que tinha meningite. Você se lembra? Tenho que te pedir um favor. Por favor, venha até a minha casa, minha filha mais nova está doente. Enviarei meu endereço com uma mensagem.

Quando o médico chegou à casa dela, “uma casa muito humilde, mas limpa e digna”, ele encontrou não apenas uma menina com febre, mas um vislumbre de uma vida marcada por grande sofrimento.

Anna havia perdido o marido há um ano, quando ele caiu de um andaime enquanto trabalhava. Para sustentar seus quatro filhos, ela trabalhou na limpeza, mas as restrições da pandemia a impediram de fazer seu trabalho.

Nesse sentido, ela não tinha carro para levar sua filha doente ao hospital. Então, como último recurso, a viúva decidiu pedir ajuda ao médico que havia tratado seu filho quando ele tinha meningite. É compreensível que, na escuridão de uma situação trágica, sua mente tenha se voltado para um ponto de luz onde ela já havia experimentado compaixão.

O presente

Felizmente, a visita do Dr. Ponticello revelou que a doença da menina não era grave. Incapaz de pagar ao médico – que de qualquer forma havia lhe assegurado que não iria cobrar pela visita – Anna ainda queria agradecê-lo de alguma forma. Então ela deu a ele o colar que estava usando. “Só posso oferecer isso e uma xícara de café”, disse ela. “Obrigado, doutor, e que Nossa Senhora o acompanhe.”

Há uma riqueza imensa na humildade de quem oferece café e suas orações. Nas tribulações, a pessoa de bom coração pode viver o mistério de estender a mão aos outros e entregar-se às mãos generosas com que Deus opera.

Quando o médico compartilhou os detalhes do encontro inesperado e comovente na casa de Anna, algumas pessoas criticaram o fato de ele ter aceitado o colar da mulher. Aceitá-lo, no entanto, foi um gesto que, longe de ser errado, respeitou a dignidade da mulher. Afinal, esse era o desejo dela.

Ajuda à viúva: caridade espontânea do médico

Muitos entenderam o verdadeiro significado desta história, o que é evidenciado pelo fato de que apenas um dia após o Dr. Ponticiello divulgar o fato, duas boas notícias chegaram. Anna recebeu uma oferta de emprego em uma mercearia. Além disso, um kit um de brinquedos e uma cesta de alimentos e de produtos para a casa também foram doados à família de forma anônima.

A postagem do Dr. Ponticiello foi compartilhada por centenas de pessoas. Em casos assim, gostamos de evitar dizer que a publicação “viralizou”, porque o que acontece é o contrário de uma doença contagiosa. Isso não é algo que “ataca” as pessoas contra sua vontade por causa de sua virulência; em vez disso, é uma questão de livre iniciativa, quando as pessoas reconhecem nas necessidades dos outros algo que afeta a todos nós.

A vida das pessoas hoje tende a ser muito ocupada. De fato, todos nós temos que fazer malabarismos com alguma combinação de trabalho, vida familiar, estudo, oração, etc., e podemos ficar muito envolvidos em nossos próprios assuntos.

Mas é bem no meio da confusão da vida diária que devemos escolher ignorar ou aceitar um desafio importante. E esse desafio é tratar a pessoa ao nosso lado como um ser humano e filho de Deus, e lembrar que é da nossa conta se ele ou ela tropeçar ou cair.

Enfim, uma leitura rápida da parábola do Bom Samaritano (Lc 10,25-37), ou a descrição de Jesus do Juízo Final (Mt 25,31-46), não deve nos deixar dúvidas. Agora, mais do que nunca, quando a pandemia afetou tantas pessoas, temos muitas oportunidades de amar os outros e erguê-los por meio de atos concretos de caridade.




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