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Albertina, Isabel e Benigna: as três mártires da castidade brasileiras

mártires da castidade

Facebook Beata Albertina Berckenbrock / Bastião Já Sabe-CC BY-SA 4.0 / Diocese do Crato

Reportagem local - publicado em 10/11/20

Elas não ficaram conhecidas apenas pela forma como morreram, mas como levaram a vida: exemplos para a juventude

O Brasil tem três mulheres conhecidas como “mártires da castidade”. Elas morreram defendendo a pureza e são modelos para a juventude brasileira. Isso, no entanto, não só pela forma como faleceram, mas pelo modo como levaram a vida. Aliás, em comum, elas tiveram um estilo de vida marcado pela fé, oração e ajuda ao próximo.

Conheça abaixo um pouco das histórias dessas mártires da castidade. 

Albertina Berkenbrock

Albertina nasceu em 11 de abril de 1919 em Imaruí, SC.  Recebeu desde cedo a formação católica e participava ativamente da vida religiosa da comunidade. De fato, confessava-se com frequência e comungava sempre.

Mas no dia 15 de junho de 1931, Albertina, aos 12 anos, perdeu a vida para preservar a sua pureza espiritual e corporal.

Naquele dia, então, a menina foi procurar um boi no pasto. No caminho, entretanto, encontrou seu malfeitor. Quando a jovem lhe perguntou se tinha visto o animal que procurava, o homem lhe deu uma pista falsa e a mandou para o local em que tentou violentá-la. 

Primeiramente, ele a derrubou no chão e tentou estuprá-la. Mas ela cobriu-se o máximo que pode com seu vestido. Sem conseguir derrotá-la, o criminoso lhe afundou um canivete no pescoço, degolando-a.

Como resultado, a fama de Albertina começou a circular rapidamente entre a população local, que conhecia a jovem, a sua educação cristã, o seu amor pela família e pelo próximo e o seu bom comportamento, piedade e caridade.

Albertina Berkenbrock foi proclamada Bem-Aventurada em 20 de outubro de 2007 pelo Papa Bento XVI.


Albertina Berkenbrock

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Isabel Cristina Mrad Campos

No dia 1º de setembro de 1982, a jovem estudante mineira Isabel Cristina Mrad Campos foi violentada por um homem que foi montar um armário em seu apartamento. Ela, no entanto, tentou resistir, mas levou um cadeirada na cabeça. O criminoso, então, a amarrou, amordaçou e rasgou suas roupas.

Como continuava resistindo à violência, o homem foi incapaz de estuprá-la. Mas ele a matou com 15 facadas.

Em 2001, Isabel Cristina recebeu o título de Serva de Deus. Durante oito anos, um Tribunal Eclesiástico colheu depoimentos de dezenas de pessoas para comprovar a religiosidade de Isabel, que desde a adolescência fazia parte da comunidade de voluntários “Conferência de São Vicente”.

Enfim, em outubro de 2020, o Papa Francisco reconheceu sua morte “in defensum castitatis” (em defesa da pureza). O Vaticano, assim, a declarou mártir e aprovou a causa de sua beatificação, que ainda não tem data para acontecer.


Isabel Cristina Mrad Campos, mártir brasileira da castidade

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Benigna Cardoso da Silva

Outro exemplo de brasileira mártir da castidade é Benigna Cardoso da Silva nasceu em 15 de outubro de 1928, em Santana do Cariri (CE). Em 24 de outubro de 1941, aos 13 anos, morreu violentamente após se recusar a ter relações sexuais com um adolescente.

A menina saiu de casa para buscar água bem perto da residência. Porém, Raul Alves a golpeou com um facão depois que ela resistiu a suas tentativas de ter relação sexual e manter legitimamente sua pureza. 

Desde então, vem aumentando a devoção à menina. Em 2004, teve início a Romaria da Menina Benigna, que acontece de 15 a 24 de outubro e entrou para o calendário oficial do Estado do Ceará em junho de 2019.

Sua beatificação seria em 2020, mas foi suspensa por causa da pandemia do coronavírus.




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