Eles esquartejaram os corpos num campo de futebol transformado em local de execuções: entre as vítimas, ao menos 15 crianças e jovensTerroristas islâmicos em Moçambique decapitam mais de 50 pessoas: a chocante notícia veiculada nesta semana pela mídia mundial e dá um indício do nível de horror que se vive hoje na parte norte do país africano de língua portuguesa.
O grupo terrorista autodenominado Estado Islâmico na África Central atacou a pequena localidade de Muidumbe, na província de Cabo Delgado. Os fanáticos decapitaram mais de 50 pessoas e esquartejaram seus corpos num campo de futebol, que o grupo transformou em local de execuções. Entre as vítimas estão ao menos 15 crianças e jovens.
Os militantes islâmicos se declaram ligados ao mesmo Estado Islâmico que aterrorizou o Iraque e a Síria, onde hoje tentam se reorganizar após as pesadas derrotas militares que sofreram.
Terroristas islâmicos em Moçambique
Em Moçambique, os confrontos têm acontecido desde 2017 na província de Cabo Delgado, que é rica em gás natural, mas tem população muito pobre. Os jihadistas exploram essa pobreza para recrutar novos adeptos, visando o controle da região.
Desde que invadiram a província, os fanáticos já mataram mais de 2 mil pessoas e provocaram a fuga de pelo menos 430 mil. É comum que os jihadistas disparem contra civis, incendeiem casas, sequestrem mulheres e executem pessoas.
O governo moçambicano pediu ajuda internacional para conter os brutais e covardes ataques dessa corja de fanáticos, que intensificaram drasticamente os níveis de violência ao longo de 2020.
Uma das vozes mais ativas em denunciar e organizar ajudas para a população apavorada é a de dom Luiz Fernando Lisboa, bispo da diocese de Pemba, capital da província. O bispo, que é brasileiro, está ameaçado de morte.
Leia também:
Papa preocupado: o Estado Islâmico chegou a um país de língua portuguesa