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A chave para o sucesso na vida diária? Exercitar o “músculo” da fé

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Mar Dorrio - publicado em 20/11/20

Sem fé e sem pedir ajuda, correremos o risco de desmaiar de exaustão diante dos exercícios diários que a vida nos apresenta

Neste artigo, vou te ensinar a descobrir a importância de exercitar o “músculo” da fé e como isso fará a diferença no seu dia a dia.

Há alguns meses, inscrevi-me em um curso de treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT).
Esses exercícios consistem em sessões exaustivas de 30 minutos, durante as quais você repete uma série de exercícios intensos. É uma meia hora muito difícil de começar e muito satisfatória quando termina – como quase tudo que exige esforço nesta vida.

A grande dificuldade, de fato, está em fazer os exercícios corretamente. Para acertar, geralmente tenho que perguntar onde deve doer. Se você não os exercícios corretamente ou se você não aquecer adequadamente, você não só não terá benefícios, como também poderá ganhar algumas lesões.

O “músculo” da fé

Na vida, acredito que muitas vezes não percebemos qual é o músculo principal que devemos usar – o primeiro que temos que aquecer e flexionar, aquele que sempre nos dará força para a aula diária de treinamento HIIT que é a vida. E esse músculo é o músculo da fé.

Para me explicar melhor, quero resumir uma história que sempre me fascinou. É a história de um pai que desafia seu filho a mover um obstáculo que está além de suas forças e lhe diz para fazer tudo o que puder para conseguir. Depois de um longo tempo, durante o qual o menino tenta movê-lo com todos os recursos que lhe vêm à mente, sem conseguir nada, ele diz a seu pai que é uma missão impossível. Seu pai então responde: “Não, você não fez tudo que está ao seu alcance, porque poderia ter me pedido ajuda.”

Força emprestada

Pedir ajuda, pedir a Deus que nos dê força é realmente um grande passo para cada um de nós, porque significa reconhecer que não podemos alcançar nossos objetivos por conta própria, com a força dos músculos, do compromisso ou da vontade. Pode parecer que, flexionando esses “músculos”, atingiremos nossos objetivos, mas é uma ilusão frágil.

Sem fé, sem pedir ajuda, correremos o risco de desmaiar de exaustão; de ser oprimido por nossas responsabilidades; de ir para a cama insatisfeito com os resultados do dia. Além disso, estaremos exaustos e incapazes de nos recuperar das derrotas que afligem a vida de tempos em tempos.

Muitas vezes me perguntaram: “Como você faz tudo com 12 crianças?” Se eu sei que a pessoa que está me perguntando não tem fé, como posso dizer a ela, sem parecer irresponsável, que não faço tudo e o que o que faço de melhor é pedir ajuda?

Força e humildade

É essa ajuda que me dá força para ler um livro educacional interessante ou para assistir com atenção um tutorial de culinária em larga escala, que me ajuda a ter mais tempo livre para fazer um lanche com um dos meus filhos. Sem falar que essa grande força, obtida com grandes colheradas de humildade, facilita todas as relações humanas, aproxima as pessoas, perdoa os erros e aumenta o número de pessoas que se beneficiam dos objetivos alcançados.

Por outro lado, o oposto tende a acontecer com pessoas que acreditam que são as únicas responsáveis ​​por seu sucesso, que pensam que são apenas o fruto de seus próprios sacrifícios, esforços e capacidades. Muitas vezes, essas pessoas tratam com certo desdém aqueles que não alcançaram objetivos que considerariam fáceis.

Outro benefício da “força emprestada” é que ela ensina a ficar de pé repetidamente. Aliás, saber disso é sempre um conforto para aqueles que, como eu, caem a cada passo. Talvez façamos uma omelete ruim, cometamos os piores erros de grafia ou tenhamos a infeliz habilidade de irritar ou aborrecer entes queridos sem querer.

Confiança e fé

Entretanto, precisamos confiar que, aconteça o que acontecer, tudo será para o melhor. Precisamos acreditar que, quando pedimos ajuda a Deus, Ele não vai olhar para o outro lado. Só precisamos perseverar. Por pior que sejam as coisas, por mais que erremos, temos que saber que haverá um final feliz. Isso nos dará forças para virarmos outra página e levantarmos no dia seguinte.

Mas será que exercitamos o músculo da fé antes de fazermos “burpees”e enfrentarmos outras dificuldades do dia? Estamos pedindo aquela forcinha emprestada? Por que estamos esperando para pedir ajuda?

Só assim, depois desse aquecimento, os exercícios do nosso trabalho, dos nossos filhos, dos nossos abdominais ou das nossas relações com a nossa sogra sairão melhores do que o esperado e sem lesões. Fortalecemos nosso músculo mais importante todos os dias?

P.S. Na aula de HIIT, acabamos alongando uma grande parte do corpo; não há nada melhor para esticar os músculos da fé do que agradecer.




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