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A Covid-19 não será capaz de impedir o Natal deste ano

CHRISTMAS

Shutterstock | Da-Antipina

Miriam Esteban Benito - publicado em 25/11/20

A família de Nazaré também enfrentou muitas "restrições" quando Jesus nasceu

Como será o Natal este ano? A pandemia deixará as festas muito diferentes?

Por volta dessa época, todos os anos, vitrines e ruas são enfeitadas com uma abundância de decorações festivas. Além disso, as lojas transbordam de presentes e brinquedos.

Se 2020 fosse um ano normal, já estaríamos organizando nossas atividades para o Natal. Estaríamos também definindo a decoração da casa, escolhendo a pessoa para se vestir de Papai Noel, organizando a ceia e o amigo secreto na empresa.

Este ano, entretanto, haverá algumas novas questões a considerar. Quantos convidados é um número seguro? Seremos capazes de compartilhar uma refeição com nossa família?

Por causa da Covid-19, teremos que evitar grandes eventos públicos, como desfiles, festivais e festas de Natal no escritório. De fato, para os especialistas em saúde será improvável que a situação melhore o suficiente para celebrarmos o Natal sem restrições.

Reinventando o Natal

Portanto, dada a situação, pergunto-me: será mesmo necessário reinventar o Natal?

Alguns dias antes do Natal de 2018, o Papa Francisco perguntou como Deus gostaria que celebrássemos esta dada. Este ano, face à pandemia, esta questão ganha ainda mais significado. Agora, mais do que nunca, precisamos refletir sobre que tipo de Natal queremos viver. Na época, em dezembro de 2018, o Papa Francisco disse:

“Celebrar o Natal, então, é receber na terra as surpresas do Céu … É a celebração de um Deus sem precedentes que vira nossa lógica e nossas expectativas.”

A chegada de Jesus mudou radicalmente os planos de Maria, e este ano um vírus mudou totalmente os nossos. O primeiro desses eventos foi a melhor coisa que já aconteceu à humanidade, enquanto o último parece o contrário. No entanto, devemos nos lembrar do exemplo da Sagrada Família na celebração deste Natal incomum.

Mais de dois mil anos atrás, quando Jesus nasceu, a situação não era das melhores. A família de Nazaré também encontrou muitas “restrições”.  Em obediência a um decreto emitido por César Augusto, José e Maria (que tinham poucos recursos econômicos) viajaram para Belém. Lá, Maria “deu à luz seu filho primogênito, envolveu-o em faixas e deitou-o na manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem”(Lucas 2, 7).

Dias depois, avisado em um sonho da ameaça representada pela intenção de Herodes de assassinar a criança, José não hesitou em partir com sua família para o Egito.

O espírito do Natal

O Natal é sempre uma oportunidade que Deus nos coloca para celebrarmos de forma especial a esperança. O Papa Francisco também disse em dezembro de 2018:

O Natal inaugura uma nova época onde a vida não é planejada, mas doada: onde não se vive mais para si mesmo, com base no próprio gosto, mas sim para Deus”.

Em dezembro de 2011, o então cardeal Jorge Mario Bergoglio referiu-se a um cartoon em que uma menina contou a uma amiga o que ela havia pedido a seus pais no Natal:

“Ela havia pedido a seus pais que não lhe dessem os brinquedos, mas sim o espírito natalino. Seus pais ficaram surpresos, sem entender ou saber o que fazer.”

Agora, à luz desse cartoon, o atual Papa fez uma pergunta importante: Qual é o espírito do Natal? Sua resposta: é a promessa de esperança que culmina em Jesus.

Vamos, portanto, começar fazendo atos de generosidade para os outros. Esses atos são um elemento muito importante, para que, neste tempo do Advento, a esperança seja o dom que mais brilha. Além disso, todos nós somos chamados a dar ao mundo a esperança que recebemos do próprio Cristo.

Ideias para um Natal em meio à pandemia

A pandemia não pode impedir o natal. Então, vamos montar o presépio em família e aproveitar para contemplar a história de São José, da Virgem Maria e do Menino Jesus. Isso nos ajudará a tomar consciência do grande dom que recebemos por meio de nossa fé.

A manjedoura de Belém manifesta a ternura de Deus que se tornou criança para nos mostrar como Ele está perto de todo ser humano, apesar das circunstâncias. No estábulo de Belém há lugar para cada um de nós. Pastores, médicos, ferreiros, enfermeiros, mecânicos de automóveis, trabalhadores de escritório. Enfim, pessoas de todas as profissões refletem a santidade da vida cotidiana, nossos problemas diários e como Jesus compartilha conosco Sua vida, que pode se tornar extraordinário até mesmo o confinamento mais severo.

Em resumo: não precisamos reinventar o Natal! Se entendermos seu verdadeiro significado, podemos viver um Natal pleno, “sem restrições”. Basta sabermos acolher o espírito esperançoso do Natal e divulgá-lo a todos, como fizeram os pastores de Belém, por exemplo.

A Covid-19 tirará o Natal de nós? Sem dúvida que não. Vamos nos livrar do medo! Vamos fazer deste o nosso melhor Natal de todos os tempos.


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