A segunda onda de covid-19 na Itália já matou ao menos 43 sacerdotes

Dois bispos falecidos recentemente estão entre as vítimas

A segunda onda de covid-19 na Itália já matou ao menos 43 sacerdotes, segundo o jornal Avvenire, da Conferência Episcopal Italiana. A mesma publicação informou também que, desde o início da pandemia, foram 167 os sacerdotes mortos em decorrência da nova enfermidade.

O país ultrapassou há poucos dias 1 milhão de casos acumulados desde fevereiro, a grande maioria já curados. No entanto, com mais de 55 mil mortes, a Itália é o segundo país com mais óbitos no continente europeu, atrás apenas do Reino Unido.

A segunda onda de covid-19 na Itália: menos letal

O governo adotou em novembro novas medidas de contenção dos contágios, com fechamento de alguns setores da economia, restrições à circulação de pessoas e toque de recolher em algumas regiões.

Por outro lado, analistas consideram que a curva da segunda onda já começou a declinar em algumas partes do país. A letalidade também tem sido menor do que na primeira onda, quando a Itália deixou o mundo estarrecido com cenas como a dos caminhões do exército transportando o excesso de caixões para crematórios de outras regiões devido à saturação das estruturas funerárias de algumas cidades, principalmente na Lombardia.

Mortes entre os bispos

Em novembro, o episcopado italiano perdeu dom Marco Virgilio Ferrari, bispo auxiliar emérito de Milão. Ele faleceu aos 87 anos, infectado pelo vírus.

Em outubro, já tinha morrido o bispo de Caserta, dom Giovanni D’Alise, aos 72 anos. Ele teve uma parada cardiorrespiratória enquanto estava internado com a doença.

Por sua vez, o presidente da CEI, cardeal Gualtiero Bassetti, chegou a ficar em estado grave por causa da covid-19, mas na semana passada testou negativo para o coronavírus e está se recuperando após 11 dias na UTI. Em nota de agradecimento aos profissionais do hospital de Perugia, o cardeal Bassetti afirmou:

“Nestes dias em que atravessei o sofrimento do contágio pela covid-19, pude tocar com a mão a humanidade, a competência, o cuidado praticado com incansável dedicação por todos os funcionários. Não lhes faltarão as minhas orações. Também trago na memória e na oração todos os que ainda estão internados e em momento de provação. Permaneçamos unidos na esperança e no amor de Deus. O Senhor nunca nos abandona e, no sofrimento, nos segura em Seus braços”.

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