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Chesterton, a obviedade e a liberação do aborto na Argentina

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Vitor Roberto Pugliesi Marques - publicado em 03/01/21

Certa vez, Chesterton escreveu que: “chegará o dia em que teremos que provar ao mundo que a grama é verde”

Absortos, todos nós, defensores da vida desde a sua concepção até o seu declínio natural, assistimos à legalização do aborto na Argentina. Por meio de um projeto de lei aprovado pelo senado desse país em 30 de dezembro de 2020, após calorosas 12 horas de debate, as mulheres argentinas terão garantido por lei o direito de realizar voluntariamente a interrupção da gravidez até a 14ª semana de gestação. Foram 38 votos a favor, 29 contra e uma abstenção. A Argentina, um país que já tem o casamento homoafetivo liberado, torna-se agora o 67º país a ter o aborto legalizado.

Certa vez, o escritor e filósofo inglês G. K Chesterton escreveu que: “chegará o dia em que teremos que provar ao mundo que a grama é verde”. Passam-se os anos e concretiza-se cada dia mais a certeza de que esse exímio escritor é, além de exímio redator, um profeta dos dias modernos. Impressiona-nos como a obviedade e a verdade vai sendo obscurecida pelos ideais políticos, econômicos e revolucionários. Paremos e pensemos de forma óbvia: qual a diferença da vida no ventre materno e a vida no pós parto? Já respondo de imediato: apenas alguns meses de vida! Todos nós fomos embrião, todos fomos feto e esse foi o caminho que toda a humanidade percorreu para ver a luz do dia, seja o monarca inglês, seja o mendigo carioca. Diante dessa obviedade, onde foi que nos perdemos nos pensamentos de achar que não há vida no ventre materno e podemos exterminá-la?! Onde foi que falar que o aborto é um assassinato no ventre materno tornou-se uma “frase politicamente incorreta” e não uma frase óbvia?

Podem se passar anos – e até mesmo séculos –, mas verdades sempre serão verdades. Continuaremos a necessitar de ar para respirar, precisaremos sempre de sangue a correr nas veias para viver e jamais conseguiremos argumentar que não há vida em um embrião ou em um feto. Todavia, com o passar dos anos, teremos de, cada vez mais, limpar os olhos e agudizar os ouvidos para enxergar ou ouvir a verdade, pois criam-se tantas camadas falsas sobre ela, são inventadas tantas filosofias enganadoras, que fica cada dia mais difícil reconhecê-la com claridade. É um dano irreparável a decisão dos políticos argentinos, que contrariaram a maioria do seu povo (povo esse cristão e defensor da vida) e cederam a pressões internacionais a favor do aborto. Cabe-nos agora viver o ditame da nossa consciência, não acatar a lei do aborto, e ser novos Chestertons a repetir… e a repetir o óbvio: há vida no embrião, o aborto é um assassinato!


Aborto

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