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Pode sair algo bom do fracasso?

WYDOBYWANIE DOBRA

Toa Heftiba/Unsplash | CC0

Carlos Padilla Esteban - publicado em 03/01/21

Haja o que houver, o importante é jamais soltar a mão de Jesus

Sucesso e fracasso fazem parte da nossa vida. O primeiro mês do ano está terminando e sabemos que o ano todo estará cheio de vitórias e derrotas. Muitas pessoas, no início do ano, nos desejam sucesso, mas talvez isso não seja o mais importante. O fracasso também faz parte da nossa vida e costumamos crescer mais nas derrotas que nas vitórias.

Esta é a vida que temos diante de nós. Do nosso presente e do nosso futuro. Às vezes nos assustamos com o futuro justamente porque temos medo de fracassar e não conseguir o que desejamos. Sonhamos com o sucesso e achamos que ele é um direito. Achamos que merecemos que as coisas saiam bem e que tudo dê certo. Mas não é bem assim. Cada sucesso, cada vitória, é um dom de Deus, uma graça. E cada derrota é uma oportunidade para crescer, para superar nossos limites.

Mas às vezes nos esquecemos do essencial: tudo é graça. E cada queda é uma oportunidade para subir mais alto, um degrau a mais, um trampolim. O Pe. Kentenich nos recorda isso: “O triunfo cristão é sempre uma cruz que ao mesmo tempo é bandeira de vitória. Contemplem a vida dos santos”.

E é verdade: os santos viveram o sucesso e o fracasso em suas vidas. Ao vivenciar a derrota, a injustiça, a solidão e o desprezo, eles souberam ver a vitória de Cristo por trás da escuridão. Souberam levantar-se e continuar lutando quando as forças diminuíam. Souberam agarrar a mão de Cristo, que os sustentava quando já estavam a ponto de cair. Confiaram, contra toda esperança, em que Jesus sempre vence no final e por isso não desanimaram.

Hoje, vemos os santos e confiamos. Eles aprenderam no sucesso e no fracasso, porque o importante, haja o que houver, é jamais soltar a mão de Jesus.

Muitas vezes, nós nos centramos somente no que está mal, no que não funciona, nas feridas da alma. E isso é normal, porque somos perfeccionistas, nos incomodamos com as manchas. Então, nossa luta ascética se centra em evitar o pecado, em lutar contra ele, em impedir que ele surja novamente em nossa vida.

Mas quem só quiser evitar o pecado, cairá nele. O tom essencial deve ser a magnanimidade. A magnanimidade nos convida a cultivar uma alma grande, a sonhar alto, a não nos conformarmos apenas com não pecar. Sem obsessões com eliminar o pecado, e sim visando os ideais que incendeiam o coração.

O Pe. Kentenich acrescenta: “A pedagogia dos ideais me impulsiona ao alto, a fazer as coisas não porque ‘tenho de fazer’, mas porque ‘posso fazer’. Acendamos uma grande luz, para expulsar e superar as coisas negativas. O homem não suporta por muito tempo fazer tudo por obrigação. Por natureza, o ser humano precisa de amor”.

Precisamos de amor para voar alto, para confiar, para acreditar que podemos esperar sempre mais, sem prestar tanta atenção nas quedas, e sim visando os cumes que nos fazem crescer.

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