Xavier Degroat é um jovem de 30 anos com autismo que se tornou estagiário na Casa Branca, a sede do governo dos Estados Unidos.
Degroat é, de fato, uma das primeiras pessoas com autismo a conseguir o concorrido estágio, que durou três meses. Ele disse à Fox News: “Sempre pensei em fazer isso para inspirar outras pessoas a não permitirem que sua deficiência as faça desistir das coisas e dos sonhos”.
O caminho para a advocacia
O estagiário é, atualmente, estudante da Northwood University com grande interesse em política e comunicação. No entanto, ele já está agindo como um defensor dos autistas desde 2009, visitando líderes locais e políticos. Em uma tentativa de ajudar outras pessoas com autismo a superar os muitos obstáculos que enfrentam na sociedade, ele fundou a Xavier DeGroat Autism Foundation em 2018.
A história de Degroat é, de fato, impressionante. Como ele explica em seu site, ele passou a infância sendo incompreendido e intimidado. Não teve, portanto, as mesmas oportunidades que aqueles que se enquadram nas normas sociais. Mas isso não o impediu de fazer nada. Pelo contrário: decidiu que lutaria para garantir que os autistas recebessem a mesma igualdade econômica, social e política.
Agora, graças ao seu cargo de estagiário, o jovem pode ajudar a pavimentar o caminho para que outros estagiários com autismo sigam os caminhos desejados.
Impacto e alcance
Durante seu tempo na Casa Branca, Degroat trabalhou no escritório de correspondência presidencial, respondendo a cartas que as pessoas escrevem ao presidente. Não trabalhou diretamente com o presidente, mas conheceu Trump um ano antes no Salão Oval.
Em junho, na cidade natal de Degroat, Lansing, Michigan, a governadora Gretchen Whitmer assinou uma lei que permite que pessoas tenham carteiras de motorista e placas que indicam que o motorista tem autismo ou algum impedimento de comunicação – algo pelo qual Degroat lutou muito.
As consequências de tal lei são de longo alcance. Pessoas com autismo podem até ter um colapso se paradas por um policial. Além disso, elas também podem ter problemas quando são tocadas por alguém. Por isso, Degroat teve a ideia de desenvolver um cartão especial para alertar os policiais que qualquer comportamento perturbador não é uma ameaça real contra os próprios policiais.
Ele quer que a ideia dos cartões seja colocada em uso em meios de transporte onde as situações podem se tornar estressantes para os autistas.
“Evangelista do autismo”
Degroat também já se encontrou com outras pessoas poderosas e influentes, como Dalai Lama, Barack Obama e Mike Pence. Todos eles, certamente, ficaram impressionados com seu desejo de trabalhar em prol dos autistas. O ativista explicou: “Quero ser o evangelista do autismo para todos os presidentes no futuro”.
No entanto, para um homem que já foi tão intimidado, sua paixão e confiança vieram não apenas por apertar a mão de quem ocupava cargos importantes, mas também pelo apoio e orientação de seus entes queridos e pela terapia. Tanto é que ele compartilhou: “Agora me sinto igual ao resto do mundo.”
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