Terroristas matam mais de 100 pessoas em dois povoados africanos situados em um dos países mais pobres do planeta, o Níger, perto da fronteira com os igualmente paupérrimos Mali e Burkina Faso. A selvageria foi perpetrada neste 2 de janeiro, sábado, em plena luz do dia.
Os fanáticos atacaram os povoados de Tchoma Bangou, onde assassinaram cerca de 70 pessoas, e Zaroumadareye, onde mataram mais 30 moradores indefesos. Os povoados ficam a cerca de 7 quilômetros um do outro.
Terroristas matam mais de 100 pessoas
Segundo Almou Hassane, prefeito do município de Tondikiwindi, ao qual pertencem os dois vilarejos massacrados, os terroristas chegaram em cerca de 100 motocicletas e se dividiram em dois grupos para atacar as duas aldeias ao mesmo tempo. Além dos mais de 100 mortos, os covardes deixaram 75 feridos que foram levados a hospitais nos arredores de Niamey, a capital do país.
O Níger tem sido alvo frequente de terroristas ligados aos bandos Al Qaeda e Estado Islâmico.
Níger e Nigéria, vizinhos e vítimas do mesmo horror
Os nomes semelhantes levam muita gente a confundir o Níger com a Nigéria: são dois países diferentes, com culturas diferentes, mas com vários pontos em comum. Tragicamente, uma das maiores coincidências entre as duas nações vizinhas é o flagelo do terrorismo islâmico.
A Nigéria sofre principalmente com a barbárie do bando jihadista Boko Haram. Este grupo, um dos mais sanguinários da atualidade, tem o propósito público de impor um califado em regiões do norte nigeriano, e, por isso, ataca prioritariamente os cristãos. Além dessa horda jihadista, a comunidade cristã da Nigéria também é alvo do igualmente fanático bando de pastores nômades Fulani, seguidores de outra facção extremista do islã. Poucas semanas atrás, a Nigéria também foi palco de um brutal extermínio massivo de mais de 100 pessoas.
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No caso do Níger, os analistas internacionais vinculam a recente chacina de mais de 100 pessoas ao primeiro turno das eleições presidenciais, nas quais saiu à frente o candidato Mohamed Bazoum, do partido atualmente no poder. Uma das suas bandeiras principais é justamente o combate aos grupos jihadistas.
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