O sacerdote escreveu e compartilhou uma breve história sobre “a parte do povo que não coopera”A parábola do padre Zezinho “para incomodar os que não se incomodam” tem como protagonistas aqueles “que não cooperam”. O sacerdote publicou em sua rede social uma breve história em que compara a indiferença dos protagonistas com a dos brasileiros que não se importam com as consequências das próprias atitudes durante a pandemia de covid-19 no país. Foi ele próprio quem descreveu o seu texto como “uma parábola para incomodar os que não se incomodam com nada no Brasil”.
A parábola do padre Zezinho
Eis o que ele escreveu:
O rio estava enchendo assustadoramente e toda a cidade foi convocada para empilhar sacos de areia na entrada, para desviar o rio. Se em cinco horas conseguissem desviar o rio, a água não invadiria o hospital, nem a escola, nem as cento e trinta casas do lado sul.
Como a maioria morava a dez metros acima das águas, poucos apareceram. E as águas inundaram o hospital, a escola e as casas dos mais pobres. Se mil cidadãos tivessem descido, havia suficiente areia e sacos para barrar o rio.
Mas os de cima não acreditaram que o rio invadiria a cidade. “Nunca acontecerá isto!”… O rio invadiu e causou erosão no barranco e quarenta casas de alto padrão foram gravemente danificadas.
Comparando: no caso da pandemia no Brasil, milhares acharam que o vírus não os atingiria. E, em vez de cooperar, preferiram ir dançar, beber e cantar. E até hoje duvidam que o novo coronavírus os atinja!
O vírus já estava no Carnaval, nas eleições, nas festas de fim de ano. Mas os festeiros acham que o vírus não chegará nos bailes e nas aglomerações. São negativistas e se orgulham de sua negação!
Enquanto isto, em muitas cidades não há mais leitos para as vítimas da peste mundial que já fez 200 mil mortos no Brasil. Eles continuam achando que o problema é dos outros. E simplesmente não obedecem e não cooperam e continuam a se aglomerar.
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