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Cristofobia deve aumentar na Europa, prevê Relatório sobre a Liberdade Religiosa

Perseguição aos cristãos

Rafal Cichawa - Shutterstock

Francisco Vêneto - publicado em 12/01/21

Levantamento, que será publicado em abril, aponta que os cristãos continuam sendo a religião mais perseguida do mundo

Cristofobia deve aumentar na Europa, prevê o Relatório sobre a Liberdade Religiosa no mundo, realizado pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS). O documento será divulgado na íntegra em abril, mas a filial da fundação pontifícia em Portugal antecipou nesta terça-feira que a situação dos cristãos “tem vindo a piorar” e que “há sinais de uma crescente hostilidade e ressentimento em relação aos crentes na Europa”.

O detalhado Relatório sobre a Liberdade Religiosa no mundo é publicado a cada 2 anos pela fundação, a fim de conscientizar a sociedade sobre a cristofobia e a perseguição religiosa, bem como para exigir ações das autoridades visando proteger o direito fundamental ao livre e responsável exercício da religiosidade.

Thomas Heine-Geldern, presidente executivo internacional da fundação, confirmou que a situação piorou em todo o mundo, agravada pelas consequências da pandemia de covid-19.

“Durante este período, muitos cristãos, já oprimidos, sofreram uma verdadeira via sacra de pobreza, exclusão e discriminação”.

Exemplificando por que a comunidade cristã continua sendo a mais perseguida em todo o planeta, o presidente internacional da AIS destacou três casos:

  • o da África, “que voltou a ser um continente de mártires”;
  • o do Médio Oriente, em situação “extremamente grave” com a persistência da ameaça jihadista, embora haja “pequenos sinais de esperança”;
  • e a da Ásia, onde “movimentos nacionalistas e regimes autoritários estão dificultando a vida de muitos cristãos”.

Cristofobia deve aumentar na Europa

Mas Heine-Geldern também alerta contra a discriminação cada vez mais perceptível na Europa. Nesse continente supostamente democrático e livre, vem crescendo a hostilização aos crentes sob a omissão dos meios de comunicação social.

“Em muitos países, mesmo não havendo perseguição pública visível, há cada vez mais ressentimento e hostilidade em relação aos crentes. Isto está ficando cada vez mais evidente na Europa. Os cristãos de hoje são confrontados com a tentativa de destruir as raízes cristãs da sociedade e construir uma sociedade exclusivamente individualista, sem Deus”.

Entre as várias formas de perseguição aos cristãos, Heine-Geldern ressalta a “tentativa de radicalizar os indivíduos e impor à força uma visão fundamentalista do mundo islâmico” em várias partes do mundo, “semeando terror e violência e falsificando a religião e o nome de Deus”.

O próximo Relatório sobre a Liberdade Religiosa a ser publicado pela Fundação AIS cobrirá os 2 anos transcorridos entre o final de 2018 e o de 2020. Normalmente, o relatório é divulgado em novembro, mas, no ano recém-terminado, a pandemia forçou o adiamento da publicação para abril de 2021.


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