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Até os ateus têm que lidar com o aborto em sua consciência, diz Papa

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I. Media - publicado em 14/01/21

Francisco reitera, como já fez muitas vezes, que o aborto é uma questão de ciência, não de religião

O problema do aborto “não é religioso, mas (…) humano”, porque o embrião “é uma vida humana”, disse o Papa Francisco em uma entrevista ao canal italiano Canale 5, transmitido em 10 de janeiro. “É correto suprimir uma vida humana para resolver um problema? ” – ele perguntou energicamente enquanto seu país natal, a Argentina, recentemente legalizou o aborto.

Na sociedade de hoje, “as pessoas que não são úteis são jogadas fora”, lamentou o pontífice. E assim, “os filhos são rejeitados, seja porque não são desejados ou porque são ‘devolvidos ao remetente’ quando são encontrados doentes (…): antes do nascimento, sua vida é apagada”, continuou ele.

Não é um problema religioso

O Papa falou particularmente contra aqueles que tentam fazer do aborto uma questão religiosa: “O problema do aborto não é um problema religioso, cuidado: é um problema humano, pré-religioso, é um problema de ética humana, (…) um problema que mesmo um ateu deve resolver em sua alma e consciência.”

À pergunta: “Tenho o direito de fazer isso?” – o pontífice quis dar uma resposta científica: “na terceira semana [de gravidez], quase na quarta, todos os órgãos do novo ser humano já existem no útero; é uma vida humana. Eu faço a seguinte pergunta: é certo suprimir uma vida humana para resolver um problema, algum problema? Não, não está certo. Seria certo contratar um assassino para resolver um problema?”

Essas palavras do Papa vieram logo depois que o Senado argentino votou a favor da legalização do aborto em 30 de dezembro de 2020. No país natal do pontífice, as mulheres agora podem interromper a gravidez até a 14ª semana. Anteriormente, de acordo com uma lei de 1921, o aborto só era permitido naquele país em casos de estupro ou perigo para a vida da mãe.

A cultura do descarte leva à morte acelerada

O Papa Francisco também deu uma palavra para as pessoas no fim de suas vidas, já que a cultura do descarte – alertou – pressiona a sociedade a “jogar fora os doentes ou apressar a morte quando o paciente está em fase terminal”.

Por último, o bispo de Roma referiu-se à rejeição aos imigrantes, que também são vítimas desta mentalidade: “Pesa na nossa consciência os que se afogaram no Mediterrâneo”.


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