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Vaticano II e atualização constante da doutrina da Igreja, segundo o pe. Zezinho

Pe Zezinho com o Papa Francisco

Pe. Zezinho / Reprodução

Reportagem local - publicado em 03/02/21

Alguns católicos "negaram que a atualização constante também é graça concedida pelo Espírito Santo", considera o sacerdote

Vaticano II e atualização constante da doutrina da Igreja: este foi o tema de um comentário compartilhado nesta semana pelo pe. Zezinho em sua rede social, no contexto da recente afirmação do Papa Francisco de que aqueles que rejeitam as atualizações feitas pelo Concílio Vaticano II “estão fora da Igreja”.

Eis o que o sacerdote brasileiro escreveu:

“Talvez vc não saiba que, nos primeiros quatro séculos do cristianismo, até estabelecer a doutrina cristã de hoje, havia cristãos muito cultos: bispos, padres, monges, leigos e até políticos que foram em busca da Bíblia, dos livros, das teorias a respeito de Cristo, da Santíssima Trindade, da Pessoa de Jesus, do sentido do Cristo, do pecado e do perdão e da libertação e da salvação da alma! Todos mergulharam no sentido da fé em Cristo e muitos eram monges, leigos, filósofos e teólogos, homens e mulheres. Erraram e acertaram porque demorou muito para se chegar à unidade básica da fé, mas foi o esforço deles de PENSAR A FÉ EM JESUS que nos deu o que hoje recitamos no GLÓRIA, no CREIO e no SANTO das nossas missas. Sobretudo no CÂNON. Nosso catecismo e nossa teologia e nossa sociologia e pedagogia nasceram daquelas fontes. E a doutrina social sempre fez parte do nosso Catecismo: cuidar dos pobres e enfermos e de quem não tem como sobreviver por si mesmo!”

Vaticano II e atualização constante da doutrina da Igreja

O pe. Zezinho prossegue:

“Por isso, a frase desta semana, dita pelo Papa Francisco, faz sentido para quem quer entender e para quem entendeu o que aconteceu entre 1962 e 1965 no Concílio Vaticano II. Disse o Papa que quem rejeita as atualizações feitas pelo Concílio Vaticano II “está fora da nossa Igreja”. Se acham que podem ignorar o que 3 mil bispos assinaram e que João XXIII, Paulo VI, João Paulo I, João Paulo II, Bento XVI e Papa Francisco subscreveram com mais de 100 escritos e encíclicas, é porque não querem ser católicos de agora e preferem ficar com o que vigorava até 1959. Não quiseram ir adiante com a Igreja Católica. Ao invés da Tradição, escolheram o Tradicionalismo. E negaram que a Atualização Constante também é graça concedida pelo Espírito Santo. Eram unidos desde o começo na oração e no cuidado das igrejas! A igreja sofreu, mas refletiu e se atualizou dialogando com quem queria a unidade! Quem não aceitou, fundou outra igreja não católica. Mas a sabedoria da fé católica não acabou em 1958″.



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