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O fim do cristianismo segundo os profetas do paganismo

Fim do cristianismo

Serhii Ivashchuk I Shutterstock

Reportagem local - publicado em 04/02/21

Pe. Zezinho comenta a "profecia" do retorno do mundo ao paganismo, uma "previsão" que fracassa há 2 mil anos

O fim do cristianismo segundo os profetas do paganismo: este foi o assunto de uma opinião que o pe. Zezinho publicou em sua rede social, nesta semana, a respeito da “previsão” de um comentarista ateu sobre a “volta do mundo ao paganismo”.

Eis o que o sacerdote escreveu:

O fim do cristianismo

Acabo de ler um artigo de um simpático ateu que frequenta as mídias do Brasil, profetizando o fim do cristianismo. Prevê que o mundo voltará ao paganismo. Nunca faltaram argumentos para eles. Os cristãos não são um bando de anjos como a História registra, mas os ateus não são arcanjos. Também eles cobriram de sangue as nações que não aceitaram suas teorias de fraternidade universal e de companheirismo sem fraternidade! Há centenas de livros de ateus prevendo isto, desde Celso, que, por volta de 175 ou 180 da Era Cristã, escreveu um Discurso Contra os Cristãos ao imperador Marco Aurélio, passando por Nietszche no século passado e hoje Georges Minois (este mais sereno) e Christopher Hitchens (este mais aguerrido). E também há os aguerridos evangélicos e pentecostais prevendo o fim do catolicismo. Todos eles, a seu modo, são profetas. Preveem, analisam, olham o rio da História e do Tempo e profetizam que estamos numa Nova Era. Para eles, Jesus é passado, por culpa dos próprios cristãos que nunca souberam dialogar nem mesmo entre si! Divulgaram um Cristo que lhes serviu mais política do que espiritualmente! E os que insistiram em ligar doutrina social com espiritualidade eram vistos como estranhos no grupo. Os ateus fizeram a mesma coisa. Em nome dos pobres e dos trabalhadores ou colonos, excluíram e dizimaram quem não se enquadrava. Como será o futuro, nem eles sabem, nem eu sei. Só sei que creio mais em Jesus e nos apóstolos do que em Marx e seus companheiros de revolução! Ainda acho que o verdadeiro cristianismo também é revolucionário. Entre o verdadeiro ateísmo e o verdadeiro cristianismo, eu fico com a Igreja a que escolhi servir como pensador e divulgador. Foram milhões de sujeitos fraternos nascidos da fé em Cristo que morreu sem matar. Erraram também, mas erraram muito menos do que os que fizeram da revolução armada o seu credo.

ANTHONY HOPKINS

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Tags:
AteismoCristianismoHistória
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