Após repercussão, sacerdote divulga nota de esclarecimento retirando o que havia afirmado sobre vacinas feitas de fetos abortadosVacinas feitas de fetos abortados: após afirmação que gerou grande repercussão nacional em dias recentes, o pe. Claudemir Serafim, de Pedras Grandes, SC, divulgou nota de retratação retirando o que havia dito durante a homilia da Missa de 24 de janeiro. Ele havia declarado:
“É importante recordarmos que o vírus não é católico, porque odeia nosso Senhor e tem fechado as igrejas. E a salvação para a nossa vida, nossa alma, não está na vacina. Há vários problemas morais em relação à própria vacina, que está comprovado que é feita com fetos abortados. Dos milhões de abortos, muito mais elevados do que as mortes por coronavírus no mundo, destes pobres seres humanos jogados nas lixeiras dos hospitais, fizeram vacinas”.
O sacerdote também havia dito:
“Nós podemos optar por isso, em fazê-lo ou não. Não quero influenciá-los negativamente nisso. Mas, em todo caso, é importante que se diga. Até mesmo não tem comprovação eficaz, uma vez que os próprios laboratórios não se responsabilizam pelos efeitos colaterais, que podem demorar até 10 anos para aparecer. É importante que nós recordemos isso: que a nossa salvação está em fazer a vontade de nosso Senhor. E, se tivermos que sofrer e morrer por causa disto, deste vírus, que assim seja feita a Sua vontade”.
Vacinas feitas de fetos abortados: padre se retrata após afirmação
Dom João Francisco Salm, bispo da diocese de Tubarão, informou em nota que as declarações do pe. Claudemir são “de sua responsabilidade pessoal”. Acrescentando que o sacerdote “foi repreendido e exortado a corrigir suas declarações e atitudes” e dizendo que o padre se dispôs a fazê-lo, o bispo reforçou que a diocese tem respeitado as orientações das autoridades sanitárias e que “a vacina, pela qual esperamos tanto, é um dom em favor da vida”.
Ressaltando a orientação de que “se acolha a vacina com a maior boa vontade e que se motivem as pessoas para isso”, dom João Francisco disse ainda:
“Ninguém está autorizado a passar ao povo, em nome da Igreja, orientações diferentes, mesmo que seja um padre”.
A nota de retratação do pe. Claudemir afirma:
“Retiro totalmente minha fala sobre o fato de as vacinas terem sido feitas de fetos abortados. Declaro-a equivocada. Peço perdão ao bispo diocesano, aos meus fiéis e a todas as pessoas que sofreram com dúvidas no uso das vacinas, ou ficaram ofendidas com isso. Declaro, por conseguinte, que não pus em xeque a eficácia das vacinas”.
Vaticano diz que vacinas contra covid-19 são moralmente aceitáveis
O Vaticano emitiu um comunicado, em dezembro de 2020, a respeito da moralidade das vacinas em geral e das vacinas contra a covid-19 em particular. O comunicado também trata do uso de células de fetos abortados em alguns tipos de vacinas e das implicações morais dessa eventualidade para a consciência do católico. Sobre este comunicado, leia a matéria seguinte:
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