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Pandemia causou catástrofe educacional, diz Papa Francisco

Papa Francisco

Vincenzo PINTO / AFP

Reportagem local - publicado em 09/02/21

"Fraternidade e esperança são remédios tão necessários quanto as vacinas", acrescentou ele

Pandemia causou catástrofe educacional, disse o Papa Francisco nesta segunda, 8 de fevereiro, durante a tradicional cerimônia anual com o corpo diplomático no Vaticano:

“Nós estamos assistindo a uma espécie de catástrofe educacional. Diante dela, pelo bem das gerações futuras, não podemos permanecer inertes. A pandemia nos obrigou a ficar longos meses em isolamento e em solidão e fez emergir a necessidade que cada pessoa tem de ter relações humanas. Penso, principalmente, nos estudantes, que não puderam frequentar regularmente a escola ou a universidade”.

O Papa registrou ainda o risco de que o aumento do ensino à distância possa causar “maior dependência da internet em crianças e adolescentes”, o que também repercutiria em maior dependência das “formas de comunicação virtual”, em detrimento das relações pessoais presenciais.

Pandemia causou catástrofe educacional e humanitária

Francisco afirmou que, para vencer a pandemia sem “perder tempo”, é preciso “colaborar com generosidade e compromisso”:

“Fraternidade e esperança são remédios de que o mundo precisa tanto quanto das vacinas”.

E, a propósito das vacinas, o Papa voltou a cobrar igualdade de acesso à imunização nos países ricos e pobres:

“Não pode existir a lógica do lucro guiando um tema tão delicado como a assistência e os cuidados sanitários. Exorto todos os países a contribuírem ativamente nas iniciativas internacionais voltadas a assegurar uma distribuição igualitária das vacinas, não seguindo critérios puramente econômicos, mas levando em consideração as necessidades de todos, especialmente das populações mais necessitadas”.

O Papa destacou que, além da imunização, é preciso continuar fomentando “comportamentos pessoais responsáveis para impedir a difusão da doença, como as medidas de prevenção necessárias às quais nos habituamos nesses meses”. E enfatizou:

“Seria fatal colocar toda a confiança só nas vacinas, como se fosse uma panaceia que isenta o indivíduo do constante compromisso com a própria saúde e com a saúde dos outros”.



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