Nossos filhos nunca são nada daquilo que a gente esperava que eles fossem. Mas vou te explicar porque isso é fantástico.
Minha filha adolescente passa grande parte do dia em seu quarto do sótão lendo livros, escrevendo em seu diário, pintando e tocando ukulele. De fato, ela se comporta um pouco como eu quando tinha a idade dela. Ela pode ficar desanimada ao saber o quão semelhantes somos. Tento explicar isso a ela às vezes, mas tudo que recebo em resposta é uma enxurrada de olhos revirados.
No entanto, nós nos divergimos bastante em outras coisas. E nesses momentos eu me lembro que ela é ela mesma, não uma cópia minha. Quanto mais experiências ela adquire, mais longe eu suspeito que a vida a levará. O futuro é um livro aberto.
Filhos sempre surpreendem
O fato é que todos os meus seis filhos são diferentes do que eu poderia imaginar. Eles me surpreendem constantemente. Outros pais que conheço dizem o mesmo de seus filhos. Minha amiga Denise escreveu recentemente uma ode comovente aos seus – agora adultos – filhos. Um deles, inesperadamente, usou seu diploma de filosofia para começar a dirigir caminhões de longa distância, outro insistiu que ela fosse com ele para que os dois pudessem fazer tatuagens (ela realmente fez). Houve também algum tipo de pressão de outro para tentar o pára-quedismo. A questão é que nem uma única criança cresceu com a imagem preconcebida que ela tinha.
Não sei o que pensei que aconteceria quando minha esposa e eu começamos a ter filhos. Acho que fui ingênuo, mas nunca me ocorreu totalmente que eles seriam esses pequenos milagres que imediatamente começariam a atacar todos os tipos de destinos desconhecidos. Como o sol surgindo no horizonte, eles trazem uma nova luz para toda a paisagem da minha vida. Quem sabe onde essas crianças vão parar? Quem sabe em que tipo de adulto eles se tornarão? Eu sei de uma coisa, nunca vou fazer uma tatuagem com nenhum deles, mas, além disso, o céu é o limite. Eu acho muito interessante ver o mundo através dos olhos deles.
Novas experiências
Meus filhos realmente me confundem. Eles se dedicaram à apicultura e me arrastaram para verificar a colmeia. Estou aprendendo tudo sobre voleibol e passei a apreciar as complexidades das casas de bonecas feitas à mão. Eu assisto – repetidas vezes – aulas e apresentações de balé em que crianças pequenas dançam com o coração.
Tudo isso me faz fazer duas perguntas: Como posso ajudar meus filhos, já que eles têm interesses diferentes dos meus? Como posso estar mais aberto às maneiras como eles enriquecem minha vida?
Tendo vivido quatro décadas agora, eu sei muito bem como gosto de gastar meu tempo e quais são meus interesses. De repente, porém, fui lançado em novas experiências enquanto meus filhos exploram suas paixões. Em vez de tentar limitá-los às atividades de que já gosto, estou tentando ter a mente aberta. Para mim, é realmente tão simples quanto mostrar interesse e aprender sobre suas atividades. Minha filha joga vôlei, então aprendo tudo sobre o jogo. Assim, posso falar com ela sobre isso de uma forma inteligente e talvez praticar com ela. É muito importante para uma criança se os pais a levam a sério.
Segunda infância
A vantagem de aceitar suas paixões é que noto que minha vida fica mais rica. Tenho mais experiências e vou a lugares que não teria ido de outra forma. A apicultura é fascinante – quem diria? O voleibol é um esporte muito divertido e eu não saberia disso se tentasse forçar minha filha a jogar basquete, que é o que eu jogava quando tinha a idade dela.
Eles me deram uma segunda infância.
Como pai, é um prazer limitar meus próprios interesses e unir-me aos dos meus filhos. Amar uma criança significa criar um espaço dentro de nossos corações onde ela tenha liberdade. Nós encorajamos nossos filhos a serem exatamente quem são, mesmo que seja muito diferente do que esperávamos. Eles não estão ligados a nós por autoridade, mas sim por amor. Dessa forma, eles podem se tornar exatamente quem Deus os criou para ser.
Mal posso esperar para ver aonde meus filhos vão me levar a seguir.
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