Reviva a antiga tradição quaresmal dos cristãos romanos descobrindo as “igrejas estacionais”Santa Cecilia foi imortalizada na estátua criada por Carlos Maderno, colocada sob o altar da basílica dedicada a esta jovem mártir do Séc. III. Ela está representada na posição em que foi encontrada quando sua tumba foi aberta em 1599: seu corpo quase intacto, sua cabeça voltada para a decapitação, as feridas no pescoço, três dedos de sua mão direita indicando a Trindade, um dedo de sua mão esquerda indicando Deus.
Cecilia foi morta em sua casa e seus restos mortais estão debaixo da basílica: ela foi trancada por três dias no calidário, área usada para banhos de vapor, para que morresse sufocada. Ela sobreviveu e então tentaram decapitá-la com três golpes da espada, mas ela só morreu após três dias de agonia.
A basílica atual remonta ao Sec. IX e foi construída pelo Papa Pascoal I no local onde já existia a antiga igreja. Ele seguiu a visão de um sonho: Cecília apareceu e mostrou-lhe o lugar de seu enterro, nas catacumbas de São Calisto. Dali o corpo foi levado de volta para sua casa e a basílica foi reconstruída.
As monjas beneditinas estão ali desde 1527 e seguem duas antigas tradições: com cera produzem o “Agnus Dei”, medalhas que o Papa costumava distribuir no sábado depois da Páscoa. Com a lã de cordeiros tecem o pálio, estolas que o Papa dá aos arcebispos metropolitanos: elas simbolizam ovelhas salvas pelo Bom Pastor e o Cordeiro crucificado para a salvação do mundo.
Assim como o Filho do Homem veio,
não para ser servido, mas para servir
e dar sua vida em resgate por uma multidão
Mt 20,28
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