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São Charbel Makhlouf: místico e taumaturgo venerado no mundo todo

São Charbel

Antoine Mekary | ALETEIA

Vanderlei de Lima - publicado em 07/03/21

São Charbel é um santo popular pelos milagres que Deus fez (e faz) por sua intercessão

“São Charbel Makhlouf”: Eis o título do livro escrito pelo Pe. Ángel Peña, O.A.R (Ordem dos Agostinianos Recoletos), do Peru, que, traduzido para o português, foi publicado pela Cultor de Livros.

A obra, após breve introdução, contextualiza a história social, política e religiosa do Líbano, país de São Charbel Makhlouf (1828-1898), eremita-sacerdote da Ordem Libanesa Maronita. Daí a questão: quem são os maronitas? – Lê-se, na página 11, que: “os maronitas são sírios católicos que conservaram a reta fé em tempos de debates teológicos, especialmente em torno da Santíssima Trindade e de Jesus Cristo, Nosso Senhor, entre os séculos V e VII. Nunca romperam, portanto, a comunhão com o Santo Padre, o Papa. Liturgicamente, pertencem ao grupo dos antioquenos ocidentais que seguem a tradição litúrgica de São Tiago de Jerusalém, mas com algumas adaptações à liturgia latina” (nota 1).

Maronita

E por que maronita? – Responde-nos o próprio livro: “Os católicos maronitas do Líbano recebem o seu nome de São Marun, um santo eremita do século IV, que morreu no ano 410 […]. São Marun levou o movimento monástico à Síria, mas com as invasões árabes (636-750), os monges maronitas, discípulos de São Marun, fugiram para as regiões montanhosas e inacessíveis do Líbano. Desde o princípio, os monges maronitas se distinguiram por sua fidelidade à fé católica. A Igreja Maronita celebra, em 31 de julho, a festa de 350 monges mortos no ano 517 por defenderem sua fé católica contra os hereges monofisitas que diziam haver em Jesus apenas uma natureza, tendo Ele duas: a divina e a humana. Os monges maronitas, que fugiam da perseguição árabe, se estabeleceram especialmente nas cavernas das montanhas do Vale Santo de Qadiscia, que é considerado por eles como o berço da nação libanesa, porque nesses lugares inacessíveis começaram a trabalhar e a fabricar arados para, com muito esforço, poder cultivar a terra” (p. 14-15).

Feita essa necessária contextualização, passemos à pessoa de São Charbel, foco principal do livro. De família religiosa, perdeu o pai (Anton Zarur Makhlouf) muito cedo, mas Brígida, sua mãe, se casou pela segunda vez com Lahud Ibrahim que, mais tarde, foi ordenado sacerdote. Sim, o padrasto de São Charbel era padre, pois, segundo as normas da Igreja Católica Maronita, homens casados ​​podem ser ordenados, enquanto os já sacerdotes não podem se casar (cf. p. 18). Certamente, Ibrahim, a quem nosso santo, ainda menino, ajudava na Missa, muito o influenciou para o seu ingresso na vida religiosa. Relatam os que o conheceram que “era muito frágil de corpo, magro, mas se lhe via resplandecente de luz. E durante toda a sua vida, foi um bom trabalhador agrícola” (p. 19-20). Entrou para a vida religiosa aos 23 anos. Primeiro, como monge cenobita (vivia em comunidade), depois tornou-se eremita (vivia só na solidão e no silêncio). Em 23 de julho de 1859, foi ordenado sacerdote, ministério que assumiu com rigor, disciplina e zelo pelos irmãos e irmãs.

Vida do santo

A partir daí, o livro se põe a relatar fatos extraordinários da vida do santo libanês, incluindo tentações e infestações diabólicas, conhecimento do futuro – paranormal ou milagroso – e até casos de curas. Aliás, São Charbel é um santo popular pelos milagres que Deus fez (e faz) por sua intercessão. Faleceu, em 24 de dezembro de 1898, aos 70 anos. Seu corpo permaneceu incorrupto por muitos anos e dele emanava um óleo por meio do qual Deus curou muitas pessoas. Pode-se dizer, com justiça, que nosso santo é um místico (viveu em íntima união com Deus) e taumaturgo (“milagreiro”), por isso venerado no mundo todo. Beatificado por São Paulo VI, em 5 de dezembro de 1965, foi canonizado pelo mesmo Papa em 9 de outubro de 1977 (cf. p. 63-68).

Sua obra, rica em narrativa de fatos portentosos – de leitura agradável e edificante – foi, em português, enriquecida com o Prefácio e a Benção de Dom Edgard Madi, Eparca da Eparquia Maronita no Brasil, e por notas explicativas do tradutor brasileiro (cf. p. 7-10). Vale a pena lê-la e divulgá-la!

São Charbel Makhlouf, rogai por nós!

https://www.cultordelivros.com.br/produto/sao-charbel-makhlouf-78565


São Charbel

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