Beyoncé é um daqueles fenômenos que aparecem de tempos em tempos. Com todos os seus recordes de vendas de discos, de ingressos para shows, com sua relevância midiática apoiando diferentes causas, como a igualdade racial, a showoman se sagrou neste domingo a artista mulher com o maior número de prêmios Grammy na história. Com quatro estatuetas na premiação (de Melhor Performance de R&B, Clipe Musical, Música de Rap e Performance de Rap), a Beyoncé já conquistou ao todo 28 estatuetas em sua carreira, feito que imediatamente a colocou no Guinness Book, o livro dos recordes.
NOITE MÁGICA
Com as 28 estatuetas, Beyoncé fica empatada com o peso pesado Quincy Jones, arranjador e produtor de trilhas-sonoras de Hollywood de 88 anos, e atrás apenas do maestro húngaro-britânico Georg Solti (1912-1997), que venceu 31 prêmios – diferença pouca para o tempo de carreira que a cantora de 39 anos ainda tem pela frente. “Estou trabalhando a vida inteira desde os nove anos de idade. Nem acredito que isso está acontecendo, essa noite é mágica”, disse a cantora no discurso do Grammy 2021, que ocorreu no último domingo.
DOIS RECORDES NA FAMÍLIA
Entre os quatro prêmios recebidos por Beyoncé no domingo, um se estende a Blue Ivy Carter, sua filha com o rapper Jay-Z, que tem a mesma idade com que ela quando começou a ralar. Como a jovem de nove anos participou da música Brown Skin Girl, de Beyoncé, que recebeu o prêmio de Melhor Videoclipe, Blue Ivy se tornou a segunda artista mais jovem a receber um Grammy (quando chegar à idade da mãe, quantas estatuetas terá?) – no ano passado ela se tornou a mais jovem a receber um prêmio BAFTA. Brown Skin Girl conta ainda com as participações da cantora e ex-Destiny’s Child Kelly Rowland, da modelo Naomi Campbell e da atriz Lupita Nyong’o.
ENGAJAMENTO
A 63ª edição do Grammy Awards foi marcada pelo engajamento político. Beyoncé ganhou uma homenagem especial para Black Parade, canção lançada em junho de 2020, em meio aos protestos do movimento Black Lives Matter (vidas negras importam), que apoia o ativismo e celebra a cultura negra. As quatro principais categorias da premiação foram vencidas por mulheres: Taylor Swift, Melhor Álbum do ano por Folklore; Billie Eilish, Gravação, com Everything I Wanted; Megan Thee Stallion, artista revelação; e H.E.R., pela música do ano, I Can’t Breathe. O título desta canção do H.E.R. (Não Consigo Respirar, em português) corresponde às últimas palavras proferidas por George Floyd, homem negro que morreu asfixiado pela polícia, crime que viralizou na intenet e trouxe visibilidade para o Black Lives Matter.