Congregação para a Doutrina da Fé respondeu negativamente sobre possibilidade de bênçãos às uniões entre pessoas do mesmo sexoIgreja e uniões homossexuais: nesta semana, a Congregação para a Doutrina da Fé respondeu negativamente sobre a possibilidade de conceder bênçãos às uniões entre pessoas do mesmo sexo, assunto que ocupou as manchetes do mundo todo.
Via redes sociais, o pe. Zezinho e o pe. Gabriel Vila Verde comentaram a declaração emitida pela Santa Sé. Cada um deles publicou em seu respectivo perfil no Facebook os textos que reproduzimos abaixo.
Igreja e uniões homossexuais
O comentário do pe. Zezinho
O sacerdote escreveu:
“O Papa falou. A Globo e outras emissoras comentaram! Os noticiários divulgaram. Outras igrejas também falaram. A internet comentou do jeito de cada internauta.
‘Os católicos não mudarão sua doutrina sobre o casamento. Não haverá uniões entre pessoas do mesmo sexo na nossa Igreja. É conceito milenar. Preconceito, conceito novo, ou doutrina de quatro mil anos?’
Muitos deixarão ou já deixaram a Igreja Católica por causa desta norma. Amam alguém do mesmo sexo. A Igreja discorda quanto ao sacramento, mas manda respeitar quem sente tal afeto. É possível discordar sem ofender pessoas!
Católicos não podem nem devem casar nestas condições. Outras igrejas, o STF e outros poderes laicos dizem que é um direito de cada coração humano. Portanto, se um católico quiser viver em união afetiva e partilhar o mesmo leito com alguém do mesmo sexo, já sabe que não haverá mudança na nossa Igreja. Nem tudo é fácil na nossa Igreja! Respeitar, sim. Concordar e celebrar tal sentimento diante de um altar católico, não. Há igrejas que apoiam e celebram. Não é o caso da Igreja Católica.
A decisão é de cada católico. A Igreja já decidiu, desde o começo, que casamento não pode ser entre pessoas do mesmo sexo. Muitos permanecem católicos, embora seu coração sinta diferente. O mesmo acontece com padres que juraram viver solteiros e, um dia, o sentimento por uma mulher falou mais forte. Aceitaram o fato de que não podem mais continuar como sacerdotes. Agora têm outras responsabilidades. Cuidarão da pessoa que passaram a desejar e amar.
É por isso que a Igreja pede assinatura num papel e de próprio punho, para lembrar que aquele ato foi de livre vontade. A Igreja não impôs. Eles quiseram”.
O comentário do pe. Gabriel Vila Verde
O pároco declarou:
“A Igreja, por mais uma vez, decretou o óbvio: uniões homossexuais não podem ser abençoadas, porque o simples ato da bênção já constitui o sacramento do matrimônio. Existe alguma novidade? Não! Os fiéis católicos ficaram chocados? Também não! O mundo deixou de girar? Muito menos! Os poucos que não gostaram da notícia são aqueles que pretendem mudar o ensinamento de Jesus Cristo, como se o homem pudesse dar conselhos a Deus e dizer a Ele como a Igreja deve fazer e agir.
Desde os primórdios que a Igreja acolheu e acolhe os homossexuais. Não existe na doutrina uma vírgula sequer dizendo que o homossexual está excluído do Reino de Deus. Porém, a Igreja não é uma prefeitura, onde cada prefeito que chega pinta as paredes das escolas de acordo com as cores do seu partido. A Igreja é governada por Deus e não pelo clero, e se Deus disse que CASAMENTO é entre homem e mulher, assim será eternamente”.
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