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Olhe para o alto! O motivo espiritual das cúpulas das igrejas

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Antoine Mekary | ALETEIA

Philip Kosloski - publicado em 21/03/21

Antigamente este elemento arquitetônico só era usado em edifícios sagrados

Quando se vive nos Estados Unidos, é fácil associar as cúpulas (ou domos) aos edifícios civis. Trata-se do elemento arquitetônico de forma circular geralmente localizado no alto dos edifícios. A mais conhecida, nos Estados Unidos, é a do Capitólio, em Washington, DC.

No entanto, até o século XVIII as cúpulas eram utilizadas quase que exclusivamente na arquitetura sacra. Antes disso, as pessoas de diferentes religiões – incluindo os pagãos da Roma, cristãos, hindus e muçulmanos – utilizavam a cúpula para expressar tipos semelhantes de significado espiritual.

Uma das cúpulas mais antigas e mais bem preservadas é a do Panteão, em Roma. Construída no século II, serviu de inspiração para todas as outras seguintes. O edifício foi construído originalmente como um templo romano dedicado a todos os deuses, como indica seu nome grego.

Acredita-se que essa cúpula singular representava os céus, lembrando ao devoto as divindades do paraíso.

Em outras culturas, as cúpulas representavam conceitos similares, já que se acreditava que os deuses moravam no céu ou acima dele.

Representações dos Céus

Quando o Cristianismo foi oficialmente reconhecido no Império Romano, os numerosos templos foram adotados de forma natural e convertidos em igrejas cristãs. O Panteão foi consagrado a Santa Maria dos Mártires e se transformou em um lugar de veneração à Santíssima Trindade.

No contexto cristão, continuou-se pensando nas cúpulas como representações dos “céus”. Elas eram usadas para lembrar a beleza e a grandeza de Deus. Geralmente, eram pintadas com símbolos e figuras celestiais, como anjos, a Santíssima Trindade e os santos.

A cúpula da Trindade na Basílica da Imaculada Conceição, em Washington, DC, é um exemplo moderno do tipo de simbolismo usado frequentemente nas cúpulas cristãs.

Michelangelo, quando recebeu o projeto para fazer uma cúpula sobre a Basílica de São Pedro, disse que “poderia construir uma maior, porém não mais bela que a do Panteão”. Entretanto a cúpula que ele construiu remonta aos princípios clássicos da arquitetura e foi modelo para muitas outras, como a do Capitólio, nos Estados Unidos.

Enfim, as cúpulas das igrejas cristãs convidam os peregrinos a elevar o olhar e a lembrar que suas vidas não estão destinadas a focar para baixo, mas que devem ser apontadas para cima, para os céus.


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