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Como fazer em casa a Celebração da Palavra da Quinta-feira Santa

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Reportagem local - publicado em 31/03/21
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O roteiro completo para você viver bem a Semana Santa e fazer em sua casa a Celebração da Palavra desta Quinta-feiraEsta Celebração da Palavra de Deus em casa é dirigida às pessoas que estão impedidas de participar da Santa Missa, principalmente por causa da pandemia.

No entanto, esta Liturgia da Palavra pode constituir também uma grande forma de preparação familiar para a Santa Missa na paróquia.

ROTEIRO

  • Se você está sozinho, é preferível ler as leituras e orações da liturgia ou acompanhar a missa pela televisão.
  • Esta celebração requer ao menos a participação de duas pessoas.
  • Esta celebração se adapta particularmente ao contexto familiar.
  • Deve-se colocar o número de cadeiras necessário diante de um espaço de oração, respeitando a distância de um metro entre cada cadeira.
  • Deve-se colocar uma cruz ou o crucifixo no ambiente de oração.
  • Acende-se uma ou várias velas, que devem ser colocadas em um suporte seguro. Ao final da celebração, elas devem ser apagadas.
  • Designa-se uma pessoa para dirigir a oração (em ordem de prioridade: um diácono, um leigo que tenha recebido o ministério de leitor ou acolitado, o pai ou a mãe de família).
  • A pessoa encarregada de dirigir a oração estabelecerá a duração dos momentos de silêncio.
  • Serão designados leitores para as leituras.
  • Podem-se preparar os cantos apropriados.

QUINTA-FEIRA SANTA

Celebração da Palavra

 “Toda a nossa glória está na cruz de Nosso senhor Jesus Cristo. N’Ele está a nossa salvação, vida e ressurreição. Por Ele fomos salvos e livres”

 

Sentados. O condutor da celebração toma a palavra: 

Irmãos e irmãs
nesta Quinta-feira Santa,
vamos nos concentrar em Cristo Jesus,
no momento em que ele ensinou seus discípulos
a perpetuar a Eucaristia
até o fim dos tempos,
a Eucaristia da sua vida
para a remissão de pecados.
Assim, toda vez que essa oferenda
é celebrada, cumpre-se
a obra de nossa redenção.

Infelizmente, neste dia,
não podemos nos reunir em assembleia
para participar da ceia,
que constitui o sacramento de Seu amor.
No entanto, sabemos que quando
nos reunimos para rezar em seu nome,
Cristo está presente entre nós.
E acreditamos firmemente que,
quando lemos Sua Palavra na Igreja,
é o próprio Verbo de Deus que nos fala.

Pausa

Jesus, as circunstâncias nos impedem de ir
até a comunhão do seu corpo, entregue por nós,
e do seu sangue derramado por nós.
De acordo com as promessas da sua Igreja,
nós te imploramos:
faça que sua Palavra seja para nós
alimento autêntico para nossa vida;
e nos dê forças para imitar-te
para atualizar deste modo sua entrega por nós,
amando-nos uns aos outros
como tu nos amaste.

Depois de um verdadeiro momento de silêncio, todos se levantam e fazem o sinal da cruz dizendo:

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

O condutor continua:

Para nos prepararmos para receber a Palavra de Deus
para que ela possa nos regenerar,
reconheçamos nossos pecados.

Segue o rito penitencial.

Senhor, tem piedade de nós.
Porque pecamos contra ti.
Mostre-nos, Senhor, sua misericórdia.
E nos dê sua salvação.

Que Deus Todo-Poderoso tenha piedade de nós,
perdoe nossos pecados,
e nos conduza à vida eterna.

Amém

Recitamos ou cantamos:

Senhor, tende piedade.
Senhor, tende piedade.
Cristo, tende piedade.
Cristo, tende piedade.
Senhor, tende piedade.
Senhor, tende piedade.


ORAÇÃO

O condutor recita a oração:

Deus nosso,
reunidos para celebrar a santíssima Ceia
em que seu Filho unigênito,
antes de entregar-se à morte,
confiou à Igreja o novo e eterno sacrifício,
banquete pascal de seu amor,
concede-nos que, de tão sublime mistério,
brote para nós a plenitude do amor e da vida.
Por nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho,
que vive e reina convosco na unidade do Espírito Santo
e é Deus pelos séculos dos séculos.

Amém

Em seguida, leem-se as leituras da missa da Segunda-feira Santa. A pessoa encarregada da primeira leitura permanece de pé, enquanto as outras pessoas ficam sentadas.


PRIMEIRA LEITURA

Leitura do Livro do Êxodo (12,1-8.11-14)

Naqueles dias:
O Senhor disse a Moisés e a Aarão no Egito:
‘Este mês será para vós o começo dos meses;
será o primeiro mês do ano.
Falai a toda a comunidade dos filhos de Israel,
dizendo:
‘No décimo dia deste mês,
cada um tome um cordeiro por família,
um cordeiro para cada casa.
Se a família não for bastante numerosa
para comer um cordeiro,
convidará também o vizinho mais próximo,
de acordo com o número de pessoas.
Deveis calcular o número de comensais,
conforme o tamanho do cordeiro.
O cordeiro será sem defeito,
macho, de um ano.
Podereis escolher tanto um cordeiro, como um cabrito:
e devereis guardá-lo preso
até ao dia catorze deste mês.
Então toda a comunidade de Israel reunida
o imolará ao cair da tarde.
Tomareis um pouco do seu sangue
e untareis os marcos e a travessa da porta,
nas casas em que o comerem.
Comereis a carne nessa mesma noite, assada ao fogo,
com pães ázimos e ervas amargas.
Assim devereis comê-lo: com os rins cingidos,
sandálias nos pés e cajado na mão.
E comereis às pressas, pois é a Páscoa,
isto é, a ‘Passagem’ do Senhor!
E naquela noite passarei pela terra do Egito
e ferirei na terra do Egito todos os primogênitos,
desde os homens até os animais;
e infligirei castigos contra todos os deuses do Egito,
eu, o Senhor.
O sangue servirá de sinal nas casas onde estiverdes.
Ao ver o sangue, passarei adiante,
e não vos atingirá a praga exterminadora,
quando eu ferir a terra do Egito.
Este dia será para vós uma festa memorável em honra do
Senhor, que haveis de celebrar por todas as gerações,
como instituição perpétua.
Palavra do Senhor.

A pessoa encarregada de ler o salmo coloca-se de pé, enquanto os outros permanecem sentados.


SALMO (115,12-13.15-16bc.17-18 – R.cf.1Cor 10,16)

R/ O cálice por nós abençoado,
é a nossa comunhão com o sangue do Senhor.
Que poderei retribuir ao Senhor Deus
por tudo aquilo que ele fez em meu favor?
Elevo o cálice da minha salvação,
invocando o nome santo do Senhor. R/
É sentida por demais pelo Senhor
a morte de seus santos, seus amigos.
Eis que sou o vosso servo, ó Senhor
mas me quebrastes os grilhões da escravidão! R/
Por isso oferto um sacrifício de louvor,
invocando o nome santo do Senhor.
Vou cumprir minhas promessas ao Senhor
na presença de seu povo reunido. R/

SEGUNDA LEITURA
Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios (11,23-26)

Irmãos:
O que eu recebi do Senhor foi isso que eu vos
transmiti: Na noite em que foi entregue,
o Senhor Jesus tomou o pão
e, depois de dar graças, partiu-o e disse:
‘Isto é o meu corpo que é dado por vós.
Fazei isto em minha memória’.
Do mesmo modo, depois da ceia,
tomou também o cálice e disse:
‘Este cálice é a nova aliança, em meu sangue.
Todas as vezes que dele beberdes,
fazei-o em memória de mim’.
Todas as vezes, de fato, que comerdes deste pão
e beberdes deste cálice,
estareis proclamando a morte do Senhor,
até que ele venha.
Palavra do Senhor.


EVANGELHO

Todos se levantam no momento em que se recita ou canta a aclamação do Evangelho:

R/ Honra e glória a Ti, Senhor Jesus.
Salve, Rei nosso, obediente ao Pai,
foste levado à crucificação
como cordeiro manso à matança.
R/ Honra e glória a Ti, Senhor Jesus.

O leitor encarregado do Evangelho fará a leitura de forma clara e pausada

Evangelho segundo São João (13, 1-15)

Antes da festa da Páscoa.
Jesus sabia que tinha chegado a sua hora
de passar deste mundo para o Pai;
tendo amado os seus que estavam no mundo,
amou-os até o fim.
Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no
coração de Judas, filho de Simão Iscariotes,
o propósito de entregar Jesus.
Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas
mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava,
levantou-se da mesa, tirou o manto,
pegou uma toalha e amarrou-a na cintura.
Derramou água numa bacia
e começou a lavar os pés dos discípulos,
enxugando-os com a toalha com que estava cingido.
Chegou a vez de Simão Pedro.
Pedro disse: ‘Senhor, tu, me lavas os pés?’
Respondeu Jesus:
‘Agora, não entendes o que estou fazendo;
mais tarde compreenderás.’
Disse-lhe Pedro: ‘Tu nunca me lavarás os pés!’
Mas Jesus respondeu: ‘Se eu não te lavar,
não terás parte comigo’.
Simão Pedro disse:
‘Senhor, então lava não somente os meus pés,
mas também as mãos e a cabeça.’
Jesus respondeu: ‘Quem já se banhou não precisa
lavar senão os pés, porque já está todo limpo.
Também vós estais limpos, mas não todos.’
Jesus sabia quem o ia entregar;
por isso disse: ‘Nem todos estais limpos.’
Depois de ter lavado os pés dos discípulos,
Jesus vestiu o manto e sentou-se de novo.
E disse aos discípulos:
‘Compreendeis o que acabo de fazer?’
Vós me chamais Mestre e Senhor,
e dizeis bem, pois eu o sou.
Portanto, se eu, o Senhor e Mestre,
vos lavei os pés,
também vós deveis lavar os pés uns dos outros.
Dei-vos o exemplo,
para que façais a mesma coisa que eu fiz.
Palavra da Salvação.

O Evangelho conclui sem aclamação. Todos se sentam, e o condutor volta a ler lentamente, como se fosse um eco distante:

No profundo do nosso coração marcado pelo pecado,
deixemos ecoar esta palavra do Senhor,
que é endereçada pessoalmente a cada um de nós:

“Dei-vos o exemplo,
para que façais a mesma coisa que eu fiz.”

Permanecemos cinco minutos em silêncio para meditar. Em seguida, todos se levantam e professam a fé da Igreja, recitando o símbolo dos apóstolos.


PAI NOSSO

Unidos no Espírito e na comunhão da Igreja,
fiéis à recomendação do Salvador,
ousamos dizer:

Reza-se o Pai Nosso

Pai Nosso que estais nos Céus,
santificado seja o vosso Nome,
venha a nós o vosso Reino,
seja feita a vossa vontade
assim na terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje,
perdoai-nos as nossas ofensas
assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido,
e não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do Mal.

E imediatamente todos prosseguem proclamando: 

Teu é o reino, o poder e a glória para sempre, Senhor.

O condutor convida a dar a paz: 

Acabamos de juntar nossa voz
à do Senhor Jesus para rezar ao Pai.
Nós somos filhos no Filho.
Na caridade que nos une,
renovados pela Palavra de Deus,
podemos trocar um gesto de paz,
sinal de comunhão
que recebemos do Senhor.

Faz-se o gesto da paz.

Sentamo-nos.


COMUNHÃO ESPIRITUAL

O condutor diz:

Como não podemos receber a comunhão sacramental, o Papa Francisco nos convida urgentemente a realizar a comunhão espiritual, também chamada de “comunhão do desejo”. O Concílio de Trento nos lembra que “trata-se de um desejo ardente de alimentar-se deste pão celestial, unidos a uma fé viva que trabalha pela caridade, e isso nos torna participantes dos frutos e graças do Sacramento”. O valor da nossa comunhão espiritual portanto, depende da nossa fé na presença de Cristo na Eucaristia, como fonte de vida, amor e unidade, e de nosso desejo de receber a Comunhão, apesar de tudo.

E para aumentar nosso desejo da presença de Cristo, vamos cantar ou rezar o cântico “Urbi caritas et amor, Deus ibi est” (Onde há caridade e amor, ali está Deus)


CÂNTICO

Pode-se cantar ou declamar em latim:

Ubi caritas et amor, Deus ibi est.
Congregavit nos in unum Christi amor.
Exsultemus, et in ipso jucundemur.
Timeamus, et amemus Deum vivum.
Et ex corde diligamus nos sincero.

Ubi caritas et amor, Deus ibi est.
Simul ergo cum in unum congregamur:
Ne nos mente dividamur, caveamus.
Cessent iurgia maligna, cessent lites.
Et in medio nostri sit Christus Deus.

Ubi caritas et amor, Deus ibi est.
Simul quoque cum beatis videamus,
Glorianter vultum tuum, Christe Deus:
Gaudium quod est immensum, atque probum,
Saecula per infinita saeculorum. Amen.

Pode-se declamar em português:

Onde há caridade e amor, habita Deus.
O amor de Cristo nos congregou e uniu.
Alegremo-nos e deleitemo-nos Nele.
Temamos e amemos o Deus vivo.
Com um coração sincero, amemo-nos uns aos outros.

Onde há caridade e amor, habita Deus.
Do mesmo modo estejamos congregados e unidos,
que não estejamos desunidos em espírito.
Cessem as disputas malignas, cessem os aborrecimentos.
E Cristo, nosso Deus, reine entre nós.

Onde há caridade e amor, habita Deus.
Que junto com os abençoados vejamos
o seu rosto em glória, oh Cristo, nosso Deus!
Esta será a alegria santa e inefável
por séculos infinitos. Amém

Ao final do cântico, o condutor da celebração diz: 

Convido vocês a reclinarem a cabeça
e fecharem os olhos, recolhendo-se em seu espírito.

No mais profundo de nossos corações
deixemos crescer o desejo ardente de nos unirmos a Jesus,
em comunhão sacramental,
e de fazer que seu amor se faça vivo em nossas vidas,
amando nossos irmãos e irmãs como Ele nos amou.

Permanecemos cinco minutos em silêncio em um diálogo de coração a coração com Jesus Cristo.
Podemos cantar um cântico de ação de graças.
Colocamo-nos de pé e juntos pronunciamos esta oração.

Fica conosco, Senhor,
quando em torno de nossa fé católica
surgem as névoas da dúvida,
do cansaço ou da dificuldade:
você, que é a Verdade mesma como revelador do Pai,
ilumina nossas mentes com sua Palavra;
ajude-nos a sentir a beleza de acreditar em ti.


BÊNÇÃO

O condutor pronuncia, em nome de todos, a fórmula da bênção:

Pela intercessão de São N.
[padroeiro da paróquia],
de todos os santos e santas de Deus,
que o Senhor da perseverança e da fortaleza
ajude-nos a viver o espírito de
sacrifício, compaixão e amor de Jesus Cristo.

Desta forma, em comunhão com o Espírito Santo,
daremos glória a Deus,
Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo,
pelos séculos dos séculos.

Amém.

Todos juntos olhando para a cruz pedem a bênção do Senhor:

O Senhor nos abençoe e proteja, ilumine seu rosto sobre nós e nos conceda o seu favor.

Amém.

Todos fazem o sinal da cruz.
Os pais podem fazer o sinal da cruz na testa dos filhos pequenos.
É possível concluir a celebração elevando um cântico à Virgem Maria.