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Cinco sacerdotes e duas freiras são sequestrados no Haiti

Haiti

REGINALD LOUISSAINT JR / AFP

Francisco Vêneto - publicado em 12/04/21

Criminosos pediram resgate de um milhão de dólares

Cinco sacerdotes e duas freiras foram sequestrados no Haiti por um grupo criminoso já conhecido localmente e que exigiu um milhão de dólares como resgate. As vítimas, entre as quais há dois missionários franceses, estavam na capital, Porto Príncipe, quando sofreram o sequestro.

A Conferência Episcopal do Haiti confirmou a notícia, que chegou a ser veiculada pelo Vatican News. O secretário geral do episcopado local, pe. Gilbert Peltrop, afirmou que “a nação haitiana deve levantar-se para combater estes episódios”.

De fato, o país está vivendo uma onda de sequestros que, há poucos dias, também atingiu um pastor protestante acompanhado por mais três pessoas. Além dos cinco sacerdotes e duas freiras sequestrados, vários outros religiosos católicos já foram alvo em raptos passados. O total de sequestros de pessoas públicas e anônimas chega a “dezenas por dia”, conforme a mídia local.

Em dezembro passado, até a mensagem de Natal dos bispos haitianos mencionou explicitamente a “proliferação de sequestros”, além de “banditismo, violações, assassinatos e barbárie que semeiam terror, morte e luto”. Os bispos acrescentaram que a situação, já catastrófica, estava se agravando.

Poucas semanas antes, dom Désinord Jean, bispo de Hinche, havia declarado sobre a situação do país:

“As pessoas não podem sair às ruas. Estamos trancados em casa. Todas as estradas estão bloqueadas e, mesmo em casos urgentes, ambulâncias e carros de emergência não podem circular. Não temos combustível. Os mercados não funcionam. Todas as escolas foram fechadas. Esta situação afeta o país inteiro”.

E resumiu:

“A pobreza extrema tira toda a esperança”.

O Haiti se arrasta há décadas numa interminável crise econômica, social e política à qual se somou nos últimos anos uma longa sequência de calamidades naturais, como furacões, epidemias e terremotos. O grande sismo de 2010, por exemplo, matou de 100 mil a 300 mil pessoas – o número jamais pôde ser confiavelmente estimado. O que é constatável é que o país nunca mais se reergueu e, desde então, a situação de emergência humanitária tem sido permanente.

Na mensagem Urbi et Orbi deste último domingo de Páscoa, o Papa Francisco fez menção específica ao Haiti. Ele disse:

“É precisamente para o querido povo haitiano que, neste dia, vai o meu pensamento e encorajamento a fim de não se deixar vencer pelas dificuldades, mas olhar para o futuro com confiança e esperança. E eu diria que o meu pensamento vai especialmente a vocês, queridíssimas irmãs e irmãos haitianos: manifesto minha proximidade e gostaria que os problemas se resolvessem definitivamente para vocês. Rezo por isso, queridos irmãos e irmãs haitianos”.

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