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O futuro das peregrinações na era da Covid

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Pixabay

Sanctuaire de Notre-Dame de Fatima (Portugal).

Bret Thoman, OFS - publicado em 14/04/21

Há alguns sinais de esperança de que as viagens religiosas possam ser retomadas em breve, embora com certas exigências para os peregrinos

Todos estão familiarizados com os efeitos sem precedentes da pandemia sobre a indústria de viagens, especialmente no turismo internacional. As peregrinações foram canceladas por causa da Covid. Santuários da Europa, do Brasil, do Vaticano e da Terra Santa Santa, por exemplo, tiveram quedas gigantescas nos números de visitantes em 2020.

Inúmeros padres e leigos que gostam de viajar em peregrinação já experimentaram o ciclo: reservas seguidas de cancelamentos seguidos de remarcação. Alguns passaram por este ciclo mais de uma vez.

Atualmente, as viagens internacionais de lazer ainda estão proibidas, visto que a pandemia continua a se propagar em muitas partes do mundo.

Por exemplo: enquanto Israel se tornou conhecido por liderar o ranking mundial de vacinação, os Territórios Palestinos (pontos centrais para qualquer peregrinação à Terra Santa) estão em 57.º lugar, tendo vacinado apenas 1,7% de sua população.

Assim, quem quer ir para a Itália, Espanha, Terra Santa e outros importantes destinos de peregrinação, por enquanto, tem que esperar.

Quando poderemos voltar com as peregrinações?

Mas muitos peregrinos já estão se perguntando: “quando, finalmente, poderemos voltar a viajar?”

Além disso, muitos também questionam: “como será uma peregrinação internacional na era da Covid?”

O fato é que existem alguns sinais de esperança. Nos últimos meses algumas companhias aéreas têm colaborado com os governos para implementar os voos “testados para Covid”. São, de fato, voos internacionais que exigem testes de Covid dos passageiros tanto na ida quanto na volta. A proposta inclui um teste de PCR 72 horas antes da partida, um teste rápido de antígeno no aeroporto pouco antes do embarque e outro teste rápido de antígeno no aeroporto de chegada. Supondo que todos os três testes sejam negativos, os passageiros podem viajar e evitar a quarentena obrigatória de 10 a 14 dias na chegada.

No entanto, os voos “testados para Covid” atualmente se aplicam apenas àqueles que viajam por “motivos essenciais”. Viagens de lazer e peregrinações não contam. Além disso, existe o risco muito real de um resultado de teste positivo no país visitante, o que prolongaria a viagem (e o custo dela) em pelo menos 14 dias. Como resultado, esses voos estão operando com apenas 20% dos assentos ocupados.

Um plano de viagem pela Europa

No que diz respeito ao futuro das viagens, a União Europeia está tentando elaborar planos para um protocolo que permita viagens de lazer seguras, especialmente à medida que se aproxima a época turística de verão.

O plano inicial da UE permitirá viagens por qualquer motivo (e sem quarentena obrigatória) se os passageiros apresentarem qualquer um dos seguintes documentos: registros de vacinação, testes negativos para Covid ou prova de infecção anterior. Atualmente, os voos do Certificado Verde Digital se aplicam apenas cidadãos que moram na Europa e viajam dentro do continente.

A maioria dos profissionais da indústria de viagens, entretanto, prevê o futuro das viagens internacionais de lazer com base neste plano. Mas não está claro quando isso se aplicará.

Embora o futuro das peregrinações na era da Covid ainda não esteja claro, uma coisa é certa: quando voltarem essas viagens, certamente vamos relembrar os velhos e bons tempos em que o único inconveniente era tirar nossos sapatos e cintos para passar pelo detector de metais.

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