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Religioso gravemente doente emociona o Papa e é ordenado no hospital

ordenação sacerdotal

Philippe Lissac / Godong

Reportagem local - publicado em 15/04/21

"Eu disse ao pe. Livinus que ele vive o seu sacerdócio nesta oferenda de si mesmo, na doença que lhe pesa, que talvez até o humilhe"

Religioso gravemente doente de leucemia, o pe. Livinus Esomchi Nnamani, da congregação Mater Dei, foi ordenado nesta última Quinta-Feira Santa em pleno hospital onde está internado em Roma. A cerimônia foi celebrada por dom Daniele Libanori, bispo auxiliar de Roma, que concedeu entrevista à Rádio Vaticano – Vatican News testemunhando a força dessa experiência de fé no dia em que Jesus Cristo estabeleceu o sacerdócio e a Eucaristia.

Livinus é da Nigéria e chegou à Itália em 2019. Enquanto lutava contra a doença, continuou estudando para o sacerdócio com determinação. Uma recente piora em seu quadro de saúde o levou a solicitar do Papa Francisco a especial autorização de adiantar a sua ordenação sacerdotal. O religioso escreveu uma carta a mão neste dia 31 de março, durante a Semana Santa, provavelmente sem imaginar que o seu intenso desejo se realizaria em apenas 24 horas.

Dom Libanori relatou:

“Fiquei sabendo deste jovem religioso, doente e hospitalizado aqui em Roma; do desejo dele de se tornar sacerdote; soube que ele precisava de permissão especial. Então eu disse ao superior dele que ele próprio devia fazer este pedido. Uma hora mais tarde, ou pouco mais, mas ainda não tinham passado duas horas, o Santo Padre deu a sua permissão para que ele fosse ordenado. Tudo aconteceu no dia 31 de março, na manhã de Quarta-Feira Santa. Tudo em menos de duas horas”.

Religioso gravemente doente emociona o Papa

No dia seguinte, Quinta-Feira Santa, dom Libanori se encontrou com o Papa Francisco na Basílica de São Pedro:

“Fui até ele em sua sacristia e lá ele me deu o documento com o consentimento para a ordenação de Livinus. Na mesma tarde, no Centro de Saúde, fizemos a liturgia da ordenação. Livinus estava muito emocionado, mas também sofrendo por conta do seu estado de saúde. Celebramos a Missa com dignidade, tentando não cansá-lo muito. Ele ficou feliz com isso. Acredito que tenha sido um momento muito íntimo”.

As mãos do novo sacerdote foram ungidas com o Crisma consagrado pelo Papa poucas horas antes, na Basílica de São Pedro.

“Eu disse a Livinus que ele vive o seu sacerdócio nesta oferenda de si mesmo, na doença que lhe pesa, que talvez até o humilhe e que certamente o impede de viver o seu ministério como tantos outros. Mas a única, verdadeira, grande Missa que todo cristão celebra é aquela em que ele mesmo se oferece vivendo a vida diária e, quando Deus quiser, sua morte em união com Cristo. Portanto, o sacerdócio de Livinus não é mortificado em sua condição; pelo contrário, é exaltado, porque se torna ainda mais evidente quem é o sacerdote”.

A primeira bênção do pe. Livinus foi dada aos médicos e enfermeiros.

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