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O cansaço da pandemia pode afetar a alegria cristã?

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Benito Rodríguez - publicado em 20/04/21

Encontre e valorize as “alegrias simples” que o Senhor nos oferece a cada dia

De acordo com um estudo da Universidade de Comillas, uma em cada três pessoas nos países atingidos pela pandemia sofre de um tipo de cansaço extremo chamado “fadiga pandêmica”.

Mas a Igreja Católica ensina que existe um tipo de alegria que não depende das dificuldades e circunstâncias do nosso dia-a-dia. É a alegria cristã, que pode ser cultivada especialmente através da fé.

À luz do magistério dos três últimos papas, podem-se enumerar as seguintes chaves para alcançar a alegria cristã.

Peça ao Espírito Santo

Segundo o Papa Bento XVI, a alegria cristã é uma aspiração gravada no íntimo do ser humano. É, portanto, dom do Espírito, que é o que nos permite nos reconhecermos como filhos de Deus. Por isso, peça ao Espírito Santo que fortaleça sua alegria interior.

Trate a tristeza como a grande inimiga

Bento XVI, em sua mensagem para a JMJ de 2012, disse que “em um mundo muitas vezes marcado pela tristeza e inquietação, a alegria é um importante testemunho da beleza e da confiabilidade da fé cristã”.

Santo Tomás dizia que a tristeza “tem sua origem no amor desordenado de si mesmo”.

Entusiasmo para fazer o bem

Bento XVI nos pede para “sermos úteis aos outros”.

Francisco nos exorta a sairmos do egoísmo:

Quando a vida interior se fecha nos próprios interesses, deixa de haver espaço para os outros, já não entram os pobres, já não se ouve a voz de Deus, já não se goza da doce alegria do seu amor, nem fervilha o entusiasmo de fazer o bem.

Madre Teresa de Calcutá disse: “A alegria é uma rede de amor para capturar as almas. Deus ama a quem oferece felicidade. E quem oferece com alegria dá mais».

Encontre e valorize as “alegrias simples” que o Senhor nos oferece a cada dia.

Bento XVI lista algumas:

A alegria de viver, a alegria face à beleza da natureza, a alegria de um trabalho bem feito, a alegria do serviço, a alegria do amor sincero e puro. E se olharmos com atenção, existem muitos outros motivos de alegria: os bons momentos da vida familiar, a amizade partilhada, a descoberta das próprias capacidades pessoais e a consecução de bons resultados, o apreço da parte dos outros, a possibilidade de se expressar e de se sentir compreendidos, a sensação de ser úteis ao próximo.

A regra de ouro: o encontro pessoal com Cristo.

Deus é a fonte da alegria. Deus é amor eterno, alegria infinita.

Bento XVI conta como o Pai quer nos dar essa alegria:

Na hora da paixão de Jesus, este amor manifesta-se em toda a sua força. Nos últimos momentos da sua vida terrena, na ceia com os seus amigos, Ele diz: «Como o Pai Me amou, também Eu vos amei. Permanecei no meu amor… Digo-vos isto para que a Minha alegria esteja em vós e o vosso gozo seja completo» (Jo 15, 9.11). Jesus quer introduzir os seus discípulos e cada um de nós na alegria plena, a mesma que Ele partilha com o Pai, para que o amor com que o Pai o ama esteja em nós (cf. Jo 17, 26). A alegria cristã é abrir-se a este amor de Deus e pertencer-Lhe.

Buscar o encontro pessoal com Cristo na oração, na família, no próximo, na Palavra de Deus será sempre fonte de alegria cristã.

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